9.12.17

NESTE NATAL NÃO SE DEIXE EMBRULHAR


 PRESENTES ENVENENADOS

  
O Natal é uma das alturas do ano mais aguardadas por miúdos e graúdos. Os negociantes preparam-se a tempo e horas para nos meses de novembro e dezembro venderem tudo e mais alguma coisa, utilizando as melhores campanhas de marketing.
   As pessoas nestas datas festivas compram e algumas coisas são dispensáveis. Mas o assédio comercial é tão forte e tão intensivo que muitos não resistem e lá vão às compras confiantes que se o não fizerem perderão a oportunidade de comprar mais barato.
   Este ano a febre das promoções e dos créditos fáceis batem às nossas portas diariamente, recebemos mensagens das instituições de crédito com ofertas tentadoras e apelativas. Até parece que nos leram o pensamento e adivinharam que estávamos a pensar mudar de carro, os filhos exigem um televisor smart tv, tablet e mais rapidez na internet. Mesmo não sonhando em viajar, há quem nos queira oferecer uma noite gratuita a seguir à segunda, naquele espectacular sítio tranquilo e repousante. Até os supermercados entraram nisto de marketing natalício e da facilidade de pagar tudo aquilo que nos ajude a passar uma noite santa e alegre. Como é que eles sabem quase tudo, mas quase tudo o que nós procuramos? Como é que as grandes marcas descobrem que ando à procura de um aquecedor, de um computador, de um livro ou de uma varinha mágica? Digo isto porque cada vez que ligo o meu pc e estou no Google, sou massacrado com imagens e preços, das que foram mais procuradas por outras pessoas, comparam o que eu pesquisei com outras ofertas parecidas e ainda me brindam com os comentários de gente que comprou. Tudo entra e eu nem sequer pedi nada daquilo. Ora como não pedi também não respondo, ignoro, elimino e vai direitinho para a reciclagem, ou seja, lixo.
   Cuidado com a habilidade de algumas instituições de crédito, porque enviam uma primeira mensagem, passados uns dias enviam outra a completar a primeira. O consumidor que só leu a primeira, ficou contente com a oferta, foi na conversa  lá foi comprar baseado na primeira mensagem onde lhe dizia que “Surpresa! Não resistimos e antecipamos a sua prenda de Natal: Faca 2 compras de valor >=30€ de 7 a 30/11 e ganhe 20€ de oferta imediata na primeira compra ( de valor >=20€) entre 7 e 31/12. Saiba + em ….” Ao  passar na caixa de pagamento e no momento de exigir os benefícios da “oferta” a que tem direito, fica a saber que afinal é mentira e não leva desconto nenhum porque não leu a segunda mensagem que lhe foi enviada. Não cumpriu com o regulamento da campanha e apesar de lhe começar a subir os calores pelo corpo acima, a fila não avança, os outros consumidores impacientam-se, querem é que a menina da caixa pouse rapidamente o telefone, porque têm pressa e assim não pode ser, acaba por sair com as compras e direitinho ao “Apoio ao Cliente” tratar de resolver o problema. O consumidor continua a dizer que leu a primeira mensagem, não recebeu mais nenhuma e agora há que receber os 20€ que diziam oferecer de imediato.
   Ao menos há cadeira para o consumidor esperar sentado. A menina da caixa não fez o desconto, as três do Apoio ao Cliente também não. O consumidor falou que queria o livro de reclamações e…mais um telefonema….mais uma espera porque estava a chegar a Chefe e já tudo ficaria esclarecido. Sim chegou e foi a simpatia em pessoa e mostrou que sabe como tratar bem o cliente, pede desculpa pelo incómodo causado e solicita que deixe os dados e dentro de dias entrarão em contacto com o cliente.
      Antes de terminar deixo um alerta: cuidado com as mensagens enviadas para os telemóveis, se for ofertas de crédito, lembrem-se que o dinheiro tem um preço. Há ofertas que não são totalmente transparentes e poucos são aqueles que se dão ao trabalho de ler devagar essas mensagens. São para ler devagar, ler e seguir todos os passos que o emissor refere e nunca tomem uma decisão de aceitar a oferta sem primeiro ler tudo. Desta vez são 20€, não é muito dinheiro, mas é dinheiro e de prendas envenenadas ninguém gosta.

3.12.17

NÃO HÁ COMO VOLTAR ATRÁS



   A página da internet da Junta de Freguesia de Malcata ainda não foi actualizada desde que o novo executivo liderado por João Vítor, eleito pelo PSD, tomou posse. Aqueles que pretenderem consultar, dois meses depois das últimas eleições, para além de algumas notícias e fotografias de alguns eventos nada mais vão encontrar. O link que nos deveria remeter para as informações referentes ao Executivo, Documentos, Actas, Editais, Pontos de Interesse, limita-se a referir uma área “Informação brevemente disponível”. A mesma informação se aplica àqueles que pretendem actualizar-se sobre as Associações e Contactos nem sinal nenhum!
   A página www.malcata.org/quando foi apresentada para substituir esta mais antiga, http://www.malcata.sabugal.pt/ e tudo continua como dantes, ou seja, não está a contribuir para uma maior aproximação do poder local aos cidadãos e lamento o desinteresse pela ferramenta tecnológica na criação de melhores ligações a toda a comunidade, a todos os malcatenhos, residentes ou não em Malcata. É da competência da Junta de Freguesia promover uma rede de informação, divulgação e apoio aos seus cidadãos. Não creio que o povo goste de continuar a ignorar os benefícios das novas formas de o poder se relacionar com quem o elegeu. A decisão na escolha foi clara e o povo decidiu no sentido de uma continuidade do trabalho realizado e do que não foi conseguido por mau planeamento, por falta de tempo, por falta de mão firme…reconhecendo que tudo estava bem como tem estado até agora e assunto arrumado até daqui a três anos.
   O sucesso do poder local não depende exclusivamente do seu próprio empenho. E penso da mesma maneira em relação ao sucesso das associações. O sucesso da actual Junta de Freguesia e das associações da nossa aldeia, depende também dos malcatenhos que com a sua força, com a sua vontade generosa e determinada em fazer da nossa freguesia a aldeia que todos querem. Para que isso aconteça todos temos que contribuir. A qualidade dos malcatenhos não se esgota no dia a seguir às eleições. Malcata precisa da envolvência de todos os cidadãos nos processos decisivos, fazendo uso das ferramentas que temos ao nosso alcance para que a nossa participação seja mais activa e efectiva na construção de uma aldeia mais dinâmica e participativa. A nossa aldeia precisa de pessoas atentas, exigentes com o poder local, precisamos de pessoas que façam propostas, que não tenham medo de lutar pelas suas ideias. Malcata precisa de um povo que não se contente com o mínimo, o suficiente, o assim está bem…mas que exija sempre melhor. Um povo com pessoas activas e exigentes consegue criar maior aproximação entre o poder local e o cidadão. Um povo que quer andar bem informado consegue-o com a criação de canais constantes de diálogo, seja através da palavra escrita, falada ou difundida pelas redes da internet.
   Recentemente o Município do Sabugal aderiu à
«Comunidade Rural Digital – rede transfronteiriça para a inovação tecnológica das administrações locais do meio rural». Uma das áreas de intervenção deste projecto é a realização de formação para funcionários públicos locais, de seminários de sensibilização para cidadãos e empresas para usarem de forma inteligente as novas tecnologias da informação e comunicação.
  
A vida é célere e não podemos perder tempo. E eu sou malcatenho, mas também como muitos dos malcatenhos, somos cidadãos do mundo…
   Seguem-se umas imagens recentes da página oficial da Junta de Freguesia de Malcata ( mês de Dezembro de 2017 ):






22.11.17

MALCATA: QUANDO O DINHEIRO FALA MAIS ALTO

                                               

   O que se passa com a ACDM de Malcata é mau de mais para ficar tudo em águas de bacalhau. O povo, na sua maioria, tem beneficiado com as actividades da Associação Cultural e Desportiva de Malcata. Tem sido uma das associações que mais tem contribuído para que a aldeia de Malcata não tenha uma morte lenta como outras terras da nossa área territorial. Nos últimos anos os dirigentes desta associação elaboraram planos de actividades culturais e desportivas como nunca tinha acontecido. É costume dizer que "de mal agradecidos está o inferno cheio". Quem tem mais a perder? Quem deixa de ganhar? Por que motivo falam desta associação e dos seus dirigentes da forma que o andam a fazer? E meus amigos, quem fica calado e fica à espreita da oportunidade de lançar mãos a um punhado de moedas, que estes abnegados e voluntários dirigentes deixam na conta bancária da associação, não tenho palavras para classificar este comportamento. "O mundo é muito mais que Malcata" foi-me dito por um Homem em que a idade avançada  e a saúde não são obstáculo para continuar a ser feliz sempre que faça cantar e sorrir o próximo mais próximo, seja em que lugar for, porque avareza e abuso de confiança e má gestão da coisa pública, nunca em tempo algum, para isso foi tentado ou incentivado. Só mesmo os homens maus e sem carácter acreditam em tudo o que se conta. E se há quem não merecia levar murros no estômago ou facadas pelas costas, é esse grande ser humano que todos os dias procura a paz, a concórdia, o perdão, a compreensão e o amor.    Sempre o conheci assim e aqui me disponho para o que precisar ele e todos os outros membros da última direcção da ACDM.
 
                                                                                         José Nunes Martins
                                                                                             Sócio da ACDM

    

5.11.17

ESTAR PRESO SEM O SABER

   Há factos que nos merecem uma atenção especial. Nas aldeias por vezes falam de “factos” que não correspondem à verdade e muitas pessoas ficam indignadas com alguns desses episódios. Uma coisa é aquilo que se diz e a verdade das coisas, dos verdadeiros factos.
   Há por aí quem utilize estrategicamente e conscientemente métodos persuasivos e apresentam-se como se fossem um cordeiro manso e assim lá vão conseguindo influenciar o comportamento das outras pessoas, os seus pensamentos e as suas emoções. Dizem meias verdades, com aquele olhar de carneiro manso, falando das coisas e dos factos que são realmente verdadeiros, mas ao não dizerem toda a verdade e omitirem as partes verdadeiras dos factos, essas mesmas que ajudariam as pessoas a compreender as diferenças entre o “disse que disse” ou “ouvi dizer” e a informação correcta e clara de cada facto.
   Na minha opinião, este tipo de estratégia já foi usada recentemente e conscientemente  na nossa aldeia. Pessoas detentoras de poder aproveitando-se dessa circunstância, conseguiram fragilizar as pessoas que respeitando a liberdade individual, se propunham servir a comunidade.
   Que pensam daqueles que, para concretizar as suas ambições pessoais, em parte ocultas, socorrem-se de pequenas, mas bem-vindas “cadeaux” prometendo o paraíso na terra? Até agora impera um silêncio sepulcral e ninguém sabe quando alguma cabeça salta a cerca. E quando isso acontecer será a tristeza de uns e a alegria de outros. Até lá, nada melhor que seguir o exemplo dos gatos: comem e dormem!
 
                                                 
                                                José Nunes Martins
  


2.11.17

CARTA ABERTA À JUNTA DE FREGUESIA DE MALCATA

   Um mês após as eleições autárquicas e depois da tomada de posse da Junta de Freguesia, terminou formalmente, o mandato do anterior executivo.
    É o fim de um ciclo e o início de um mandato novo, com os eleitos nas eleições do passado dia 1 de Outubro.

   Estar próximo dos cidadãos, tanto na vida política, como na vida da comunidade é sem dúvida uma nobre missão.
   O que eu desejo e espero da acção deste Junta de Freguesia é que seja mais social e mais compreensiva e pouco agarrada à política partidária.
   A vida dos cidadãos é muito mais importante e tem muito mais valor do que os circunstanciais confrontos políticos e associativos. Como malcatenho eu aguardo que haja debates de ideias sempre que o assunto implique a vida da comunidade, tendo sempre em conta o sentimento dos fregueses e a vontade pessoal de cada um, de forma clara e transparente, com responsabilidade e a realidade de respeitar as diferenças de opinião e a forma como cada uma das partes olha para a realidade. É que ter uma opinião diferente nem sempre é sinal de espírito mau, mas sim de olhar de forma diferente para o mesmo assunto.
   Sabemos, pelos episódios e tomadas de posição por parte de alguns cidadãos, que nestes últimos tempos a participação cívica activa causou alguma surpresa na aldeia. Todos e cada um dos cidadãos têm o dever de zelar pela governação do bem público, da forma como gere e aplica na freguesia o dinheiro do erário público.
   Seria um passo bem dado pela Junta de Freguesia se nas obras a realizar na aldeia fossem atempadamente do conhecimento da população, evitando-se dessa forma aquele sentimento do cidadão sentir-se ignorado e de pouca importância quanto às decisões tomadas em reuniões de Câmara ou de Junta de Freguesia. Acrescento também a necessidade, por parte da Junta de Freguesia, informar com mais clareza quem paga esta ou aquela obra que se faz na freguesia, por exemplo, colocando um painel com a informação respeitante à obra em questão, quem adjudicou a obra, se é a Câmara que paga ou é a Junta de Freguesia; isto porque, a ausência dessa informação traz mal entendidos e todos devem ficar a saber quem manda executar e quem paga.
É que apesar de a Câmara fazer transferências de competências e de dinheiro há obras que não são pagas com o orçamento da Junta de Freguesia, mas sim com o orçamento da Câmara Municipal. Ou estou errado?
   Há muitos desafios para serem alcançados e, mais importante que o cimento e o tijolo, é a construção de uma comunidade unida, coesa e participativa na vida da aldeia.
   O respeito recíproco e as boas relações institucionais com todas as associações da nossa terra devem ser privilegiadas, promovidas e cultivadas procurando trabalhar para o bem comum e assim promover um ambiente saudável e melhorar a qualidade de vida de todos os que vivem na aldeia de Malcata.
    Uma relação franca e aberta, mais próxima do cidadão é a forma de exercer a democracia e das associações poder facilitar o dia-a-dia da junta.
   Votos de um bom trabalho, aqui deixo o meu desejo e  esperança que juntos somos mais capazes e mais fortes.
   Viva Malcata!
                                                                                                     José Nunes Martins
Nota:
Esta carta foi primeiro enviada para o mail da JFM.
                        

27.10.17

MALCATA: FEIRA DOS SANTOS MAIS SEGURA PARA TODOS



  Pela   1ª vez, Malcata vai fazer uma feira 
com um Plano de Prevenção e Segurança!





  

   
Foi graças às pressões dos moradores da Praça do Rossio, designadamente, José Escada e esposa Zita Martins, que preocupados e inconformados, contactaram a Câmara Municipal do Sabugal, exigindo o cumprimento da lei. Do plano,  embora mitigado, pela escassez de tempo, não deu para melhorar como devia, é o possível.  vai fazer parte a colocação de extintores de incêndio espalhados pelo recinto, a Boca de Incêndio ligada a uma mangueira e estará pronta a ser utilizada, sinais informativos nas ruas cortadas, mapas informativos...é que nada disto foi planeado por quem devia e a que estão obrigados por lei a planear e a executar. 
   Esta atitude dos moradores da Praça do Rossio é de CIDADÃOS RESPONSÁVEIS e que NÃO SE AMESQUINHAM PERANTE QUEM MANDA. Conheço os moradores e posso garantir que são pessoas de bem, inteligentes q,b, para olhar pelo bem comum.
   Coloquem-se no lugar destes moradores da Praça do Rossio, em Malcata. São esperados muitos visitantes, na eventualidade de ocorrer um acidente inesperado, como por exemplo, um incêndio provocado por um curto-circuito, ou desabamento das tendas por causas imprevistas ou qualquer grave acidente no palco, quem não se amedronta e procura fugir a sete pés, saindo aos empurrões, na tentativa de salvar a vida? Oxalá nada disto aconteça, mas que pode acontecer ninguém duvida. Os moradores apercebendo-se do previsível risco tomou a decisão de mostrar a sua legítima preocupação e informaram a quem é obrigado pela Lei a fazer, a cumprir e zelar pela segurança das pessoas e bens existentes no nosso concelho. Ora a verdade, é que se omitiram dessa responsabilidade e deixaram a Prevenção e Segurança entregues à Sorte. São atitudes inqualificáveis, incompreensíveis e devem-nos deixar a todos preocupados no que respeita à prevenção e segurança pessoal e material.
    Ainda bem que há cidadãos que pressionaram o Gabinete de Protecção Civil do Sabugal sobre a SEGURANÇA DE PESSOAS E BENS durante a Festa dos Santos, em Malcata.
    O mais grave disto que acabei de referir, é ficarmos a saber que em caso do evento ser organizado por um cidadão, uma empresa ou uma associação, há um Regulamento Municipal que deve ser respeitado. E se as obras executadas em desrespeito pelas condições técnicas e de segurança, a que deve obedecer o recinto, serão embargadas pelo Presidente da Câmara Municipal; caso seja uma pessoa colectiva, para além da aplicação de contra-ordenações, negligências, sanções acessórias e para além da coima, pode encerrar o recinto e também revogar as licenças.
   Como sabemos, a FEIRA DOS SANTOS é organizada pela AFRS (Associação das Freguesias da Raia Sabugalense), pessoa colectiva desde Julho de 2010. Este evento
vai na sua terceira edição.
   Considerando que os associados desta entidade colectiva são, as Juntas de Freguesia, representadas por cada um dos seus presidentes de junta;
   Considerando que a Feira dos Santos é apoiada pela ADES (que tanta formação anuncia) e pela Câmara Municipal do Sabugal;
   Considerando que só depois do pedido de informação e consequente pressão e exigência dos moradores para a necessidade de serem cumpridas as leis, nomeadamente o Regulamento Municipal, que regula a instalação e funcionamento deste tipo de eventos e com a agravante de terem constatado que por parte dos responsáveis da Protecção Civil, que deviam dar o exemplo na elaboração e implementação dos Planos de Prevenção e Segurança;
   Posso concluir que no concelho do Sabugal, no que toca a Prevenção e Segurança de eventos públicos, os representantes do poder local necessitam urgentemente de frequentar acções de formação e de uma vez por todas assumirem todas as responsabilidades para que foram eleitos ou designados. O que se tem passado no campo da Prevenção e Segurança nos eventos públicos é muito grave. Felizmente a Sorte, tem sido o melhor plano de prevenção e segurança. Também me preocupa a reacção de alguns cidadãos e destes autarcas que representam o Estado, mas só porque os moradores exigem medidas de prevenção e segurança, em cumprimento das leis e da Constituição, são olhados com desconfiança e apontados como quezilentos e implicativos. Senhores presidentes, não é por terem o poder nas mãos que os livra das responsabilidades e o cumprimento do juramento assumido recentemente em que afirmaram solenemente pela vossa honra cumprir com lealdade as funções para que foram escolhidos.
    Vale a pena ler este pensamento de Charles Bukwski:


  
    

  
"O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes

estão cheias de dúvidas, e as pessoas idiotas estão cheias de certezas"


                                                                          José Nunes Martins

MALCATA: COMEÇA HOJE A FEIRA DOS SANTOS



         
  
 A AFRS (Associação de Freguesias da Raia Sabugalense ) foi constituída em 28 de Julho de 2010. Esta associação incluía as seguintes freguesias do concelho do Sabugal: Aldeia da Ponte, Aldeia do Bispo, Aldeia Velha, Alfaiates, Fóios, Forcalhos, Malcata, Nave, Quadrazais e Vale de Espinho. A escritura notarial, decorreu em 21 de Agosto de 2010, em Alfaiates, onde a AFRS tem a sua sede.


   


  


            FEIRA DOS SANTOS
                 
PLANO DE COORDENAÇÃO ESTÁ OPERACIONAL?
 

   É hoje inaugurada na Praça do Rossio, na aldeia de Malcata, a Feira dos Santos 2017.
   A Feira dos Santos é um dos eventos que a AFRS tem vindo a realizar rotativamente pelas freguesias que integram a AFRS. E este ano é a Freguesia de Malcata a anfitriã da Feira do Santos.
   Neste género de Eventos, de âmbito interfreguesias, visto que é promovido pela AFRS (Associação de Freguesias da Raia Sabugalense), da qual a nossa freguesia também faz parte, com o apoio da ADES e da Câmara Municipal, há necessidade de fazer uma preparação bem cuidada.
   A Junta de Freguesia tem o dever de promover acções de sensibilização e informação acerca do que se vai passar neste evento. Não é pelo facto da Praça do Rossio ser espaço público que sem mais, se inicia a montagem das estruturas ( tenda(s) ) interferindo e perturbando a livre circulação de pessoas e veículos bem como dificultando o acesso dos moradores às suas casas.
   E na eventualidade ( batam em madeira p.f.) de ocorrer uma situação de emergência naquele espaço ou naquela área à volta, por exemplo, um incêndio, foi preparado algum plano para que o socorro seja rápido e em segurança? No decorrer da Feira dos Santos, lendo o programa, vão ser três dias de festa que inclui espectáculos de música, luzes, tasquinhas que com certeza também vão ter bebidas alcoólicas, quem nos garante que algo de mau e inesperado acontece?
   Um evento com esta envergadura tem como objectivo a captação de muitos visitantes e dada a localização geográfica de Malcata, a maioria senão todos, irão de automóvel. A organização preocupou-se com o parqueamento das viaturas? Em situação de emergência, foi planeado algum caminho de chegada e saída no menor tempo possível?
   A montagem da estrutura foi iniciada no sábado passado. Desde esse dia que a Praça do Rossio ficou interdita a estacionamento, à passagem de veículos para a Rua da Moita e Rua da Ladeirinha. Vi que alguém colocou sinalização na Rua da Moita que obriga o trânsito motorizado a desviar-se para a Travessa Chão da Lages e outro sinal de sentido proibido no início da Rua da Ladeirinha, sentido ascendente. Eu que sou condutor até sei que devo obedecer à informação transmitida pelos dois sinais. Até sei porque foram lá colocados. E quem não sabe, porque veio visitar a aldeia, porque não passou na Praça do Rossio, porque já vê pouco...e durante 9 dias os malcatenhos aguentam todas estas situações, pois, aquele espaço é de todos, é público e se a Junta de Freguesia o quer e precisa de ocupar, não pode um cidadão mostrar descontentamento pela forma como estas coisas são preparadas e montadas.
   E a verdade seja dita, eu vi as obras de montagem da tenda a começar. Desconfiava a que se destinavam, mas o que me espantou e surpreendeu foi a ausência de informação aos cidadãos da freguesia e em particular ao casal que tem a sua habitação mesmo ali em pleno Rossio e nem sequer ter havido atempadamente um pedido de colaboração, de compreensão e da importância da realização da Feira dos Santos naquele local tão central da nossa aldeia.
   E sabem o que me surpreende nesta história toda? Não haver quem se preocupe pelo facto de durante 10 dias, a normalidade do dia a dia das gentes da aldeia esteja perturbada e não se preocupam com o risco quanto à segurança das pessoas e dos seus bens.
   O povo costuma dizer que "É melhor prevenir do que remediar"!

                                                                                              José Nunes Martins

20.10.17

MUDAM-SE OS TEMPOS;MUDAM-SE AS VONTADES





“Mudam-se os tempos; mudam-se as vontades”

   Depois de um período de tempo cheio de acontecimentos sociais e políticos a nível local, regional, nacional e internacional que nos obrigam a uma reflexão profunda, é nosso dever não ficarmos indiferentes a tudo o que se tem passado. Quero, como qualquer outro cidadão que pensa, partilhar o meu ponto de vista em relação ao passado, ao presente e ao futuro mais particularmente a nível local. Tive a sorte de ter nascido em Malcata, terra da Beira interior, que por ser o meu torrão natal muito amo e tenho defendido. Embora considerando-me cidadão do mundo, pois ao longo dos meus setenta anos de vida já muito mundo percorri, guardo uma afeição especial pela nossa terra, pela nossa região, pelo nosso concelho Sabugal. Com os dons que Deus me deu, tenho-me entregado voluntariamente em ações e serviços que levam ao desenvolvimento e engrandecimento do nosso território, e por isso estou à vontade para tirar as minhas conclusões. “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”. Hoje estou, por opção própria, envolvido noutros projetos, noutros mundos. A minha ausência física é um imperativo que me leva a deixar de fazer parte de estruturas ou instituições locais. Mas juro que nunca deixarei de me preocupar com a vida e o desenvolvimento local, particularmente de Malcata.
   Com respeito por todos os poderes instalados, através de eleições democráticas que ao longo destes anos decorreram, tenho a afirmar que as associações e instituições existentes em Malcata (ASSM, ACDM, ACPM, AMCF, F. da IGREJA e outras) com relevo para a Associação Cultural e Desportiva, têm sido determinantes na defesa e promoção dos nossos valores, do nosso património. As pessoas passam, as instituições permanecem, pelo menos enquanto houver servidores (voluntários). Pouco interessam as quezílias, os maus entendidos, as fricções que haja ou tenha havido. É mais o que nos une que aquilo que nos separa. Porquê ostracizar esta ou aquela? Não tem cada associação os seus objetivos definidos pelos seus estatutos? É mesquinho deixar-se dominar por rancores ou ódios, vinganças (eu sei que as há), mexericos ou conversas de café. Sou daqueles que se recusam a olhar só para o chão, não vendo o que está para trás nem o que está em frente. Precisamos de uma visão global de passado, de presente e de futuro. Porquê não aceitamos as mais valias de cada uma? Porque não colaboramos todos em pé de igualdade, com respeito e consideração mútua? 
    Enterremos os machados de guerra e sejamos soldados da paz!
   De minha parte farei o possível para procurar entendimentos. Dentro de pouco terei de deixar todos os cargos que ainda exerço ( vice-presidente da direção da ACDM, presidente da Assembleia Geral da AMCF), pois aproxima-se o dia do regresso a Timor onde estou envolvido no projeto de solidariedade de construção e funcionamento de uma escola nas montanhas de Liquiçá. O meu futuro está em Timor Lorosa’e.
   Ainda que longe, terei um enorme orgulho de constatar que Malcata vai continuar a afirmar-se pelos seus valores, pelas suas gentes, pelos seus projetos, aproveitando os saberes de todos, concretizando projetos que lhe darão vida e dinamismo no presente e no futuro. A resignação e o conformismo são atitudes passivas que levam à extinção. E nem quero pensar que a nossa terra, à semelhança de outras tantas no interior do país está condenada ao desaparecimento por falta de compromisso e de ação dos poderes e dos seus cidadãos que, não sabendo defender o presente e preparar o futuro, pouco ou nada fizeram pela sua continuidade e evolução.
   Pelo bem de todos, da nossa terra, SEMPRE!... Como diz o ditado
 “ A VIDA E A LUTA CONTINUA! ”


                                                                                        Rui Chamusco