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5.8.08

MONUMENTO VIVO DE MALCATA


Observem bem esta fotografia. Há uns anos atrás em Malcata eram raras as famílias que não possuiam castanheiros. Davam castanha, as suas folhas eram amontoadas e serviam para fertilizar os campos, dos seus ramos sairam muitas peças de mobília que ainda hoje são muito apreciadas. Agora, poucos existem e a maior parte deles sofrem de velhice e o caruncho está a dar cabo deles. Foi à sombra dos castanheiros que eu e os meus amigos nos divertiamos. Os ramos mais fortes serviam de apoio para o nosso baloiço de corda. O nosso orgulho era tomar tanto balanço, tanto balanço e bater com os pés nas folhas dos outros ramos. No verão foi à sombra dos castanheiros que adormecia deitado em cima da manta de farrapos. Por vezes, só acordava por causa do rumo escolhido pela formiga para seguir o seu caminho.Belos tempos que já lá vão.


Castanheiro ( Lar de Malcata)


Vem isto a propósito do castanheiro situado no pátio do Lar de Malcata. Todos conhecem o magestoso castanheiro. É um portento de árvore que mede mais de 9 metros de perímetro( medida feita pelo senhor Pedro Santos, autor do blog Sombra Verde) , com uma idade desconhecida mas com muitos anos de vida. Ora desde há uns tempos para cá que esta árvore tem sido objecto de interesse por muitos e já foi foto de jornal. Classificar este castanheiro como "Árvore de Interesse Nacional" é de interesse nacional, é de interesse para a freguesia de Malcata e é motivo de maior interesse ainda, para todos os nossos queridos avós e avôs que mais do que ninguém, desejam continuar a desfrutar da sombra dos seus ramos.
Caros malcatenses, senhores da direcção da Associação de Solidariedade Social de Malcata, o caminho já está a ser percorrido. A DGRF já está ao corrente e sabe da existência do castanheiro e já deu a entender ao senhor Pedro Santos que tem todo o interesse em atribuir o galardão de "Árvore de Interesse Naciol-Património Vivo".
O interesse é de todos e o benefício também vai ser para todos. Quando uma árvore é classificada como de "interesse nacional" é porque tem importância, tem estatuto, tem idade e porque ainda está viva. Por favor, não deixem morrer este castanheiro. Ele merece ser tratado com carinho até ao fim da sua longa vida. Se outros alcançaram este estatuto, beneficiaram de apoios de conservação e beneficiram da sua divulgação, o castanheiro de Malcata também o merece.



Castanheiro (Lar em Malcata)

16.8.17

O CASTANHEIRO QUE MATOU ESTAVA VERDE E DAVA CASTANHAS

O CENTENÁRIO CASTANHEIRO DE MALCATA TIROU-ME O SONO!
   
Assim começa a história:
  

  “Tinha acabado a missa do aniversário do lar da aldeia. Por isso as pessoas vieram até ao jardim enquanto lá dentro se preparavam as mesas para o lanche ajantarado. Como estava muito calor, as pessoas esperavam sentadas no banco e à sombra do castanheiro, pois lá corria uma ligeira brisa de ar e estava muito mais fresco.

   De repente a árvore caiu sobre as pessoas, sobre o jardim e ainda partiu algumas telhas e vidros. Morreu uma pessoa idosa e para o hospital foi transportada num automóvel uma criança ferida”.
  Subitamente toca o despertador na mesinha de cabeceira. Abro o olho direito e olhei para o tecto do quarto e vi escrito a vermelho as sete horas da manhã. Sobressaltado e um pouco confuso, sacudi a cabeça e voltei a olhar para as horas do despertador. Tinha mesmo que sair da cama e sem demoras ir trabalhar.
- Que raio de noite a minha! Não é que acordei sarapantado, sonhei que tinha caído o castanheiro do lar? Fogo, tira-me daqui e atira-me ao mar…aquele carvalho que caiu ontem provocou-me um pesadelo!
- Vai rápido lavar a cara e fazer o resto, são horas de ires.
- Ok, está bem, já vou!
  Foi assim que hoje começou o meu dia. Não sei como vai terminar.
 -------------------------------------------------------------»«----------------------------------------------
   
   Foi apenas um sonho, imaginação minha para deixar aqui um alerta para que o castanheiro que parece "verde e saudável", se não for devidamente tratado e acarinhado, pode deixar as marcas que não merece e nem as pessoas sequer imaginam um fim desta notável árvore de interesse municipal, a que lhe atribuíram o nº17 e que está lá num dos ramos. 
   Desde 2008 que eu e o Dr.Pedro Nuno Teixeira dos Santos, um acérrimo defensor das árvores em Portugal, tentamos que o castanheiro seja considerado património imaterial de interesse municipal e também nacional. Não tem sido fácil, mas se quiserem saber mais sobre o assunto, deixo aqui os links. Perante a indiferença de algumas pessoas o assunto da classificação do castanheiro ficou aguardar novos desenvolvimentos. A árvore lá continua, verde e tem dado sombra e castanhas na devida época, não fugiu daquele lugar porque as suas raízes ainda o mantêm agarrado aquele bocado de terra e sabe que é muito querido nos tempos de muito calor pelos mestres seniores que o trataram nestes anos todos. E claro, nunca vai esquecer o seu dono, o Ti Manel Cidades.
   Deixo aqui novamente um alerta para que o castanheiro continue a ser uma das marcas da nossa aldeia, um símbolo do respeito que os malcatenhos têm pelas árvores e pelo património.
Uma batalha perdida, espero a chegada de reforços para ganhar a guerra!

5 de Agosto de 2008 e por aí fora:
https://aldeiademalcata.blogspot.pt/2008/08/monumento-vivo-de-malcata.html
                                                                                                               José Martins





                                                                    Nº17

25.2.18

MALCATA TEM UMA ÁRVORE DE INTERESSE MUNICIPAL

 

               SABIA QUE EM MALCATA EXISTE 
               UMA ÁRVORE DE INTERESSE MUNICIPAL?

   
 Está a decorrer o “Concurso da Árvore Europeia do Ano”. Portugal concorre este ano com o Sobreiro de Águas de Moura, árvore já inscrita no Livro de Recordes do Guiness como “o maior sobreiro do mundo”. O sobreiro português faz parte de uma lista de outras 12 árvores que representam 12 países da Europa. Da Eslováquia apresentou-se uma macieira com 120 anos, ainda dá fruta; do Reino Unido vem um carvalho com uma idade entre os 450 a 550 anos e outro da Roménia com 750 anos. 
       São árvores que resistiram às inundações, às guerras, às doenças, aos fogos e aos machados dos lenhadores.
       Sabia que existe em Malcata uma árvore de interesse municipal? Ela mede aí uns 9 metros de perímetro, a sua idade não a sabemos ao certo, mas temos a certeza que tem muitos anos de vida. É uma árvore que tem resistido a tudo e ainda continua a dar fruto todos os anos.
       O interesse por esta monumental árvore já vem desde 2007, quando Pedro Nuno Teixeira dos Santos acompanhou um grupo de pessoas em visita a esta árvore. E a coisa foi andando:
   “Tudo começou com um pedido que fiz por escrito à AFN, em finais de 2007, onde solicitava a classificação deste exemplar como árvore de interesse público.
Em finais de Julho de 2008 desloquei-me, com o Miguel Rodrigues, à delegação da Guarda da AFN, onde nos foi dito, por parte dos técnicos locais, que a direcção do referido Centro de Dia já tinha sido contactada por carta, aguardando-se uma resposta à mesma.
   Por último, em Outubro de 2008 foi-me respondido, pela AFN, que a classificação deste castanheiro continuava dependente da direcção do referido Centro de Dia.
Sabendo por pessoas da aldeia, como o autor do blogue Malcata.net, que a direcção do Centro de Dia vê com bons olhos a classificação deste exemplar, continuo a não perceber o que impede que tal se concretize. Recordo que foi através deste blogue que descobri este exemplar majestoso. Sou sincero, pouco me importa se a responsabilidade por este castanheiro ainda não estar classificado está do lado da AFN ou dos responsáveis do Centro de Dia.
   Como sugeri, aos responsáveis da AFN, esta situação, de contornos quase “kafkianos”, poderia ser facilmente resolvida com um telefonema. Fico à espera
…”
         Felizmente e
m Agosto de 2016 entrou em vigor no Município do Sabugal, um Regulamento de Classificação e Valorização do Arvoredo de Interesse Municipal, que foi criado pela necessidade de a autarquia preservar e divulgar o património natural concelhio. A classificação de árvores de interesse municipal é um instrumento essencial para conhecer, salvaguardar e conservar o património natural municipal que pela sua representatividade, raridade, porte, idade, historial, significado cultural, ou enquadramento paisagístico, possa ser considerado de relevante interesse para o Município do Sabugal, assim como pela necessidade de conservação, preservação e protecção destes exemplares.
    
O castanheiro é uma árvore muito importante para Malcata, não só pela castanha que produz e a sombra em dias de sol, mas porque é um testemunho vivo da  história de Malcata. 
   A aldeia de Malcata já foi terra de muitos castanheiros. A castanha era muito utilizada na alimentação humana e ainda hoje o caldudo nos faz lembrar esses tempos. A doença da tinta arrasou quase por completo esta espécie de árvore e hoje são cada vez menos. Por isso o castanheiro do lar é um símbolo da persistência e da nossa história.
   A Junta de Freguesia de Malcata apresentou à Câmara Municipal e esta por seu lado apresentou-a na 
Assembleia Municipal que reconheceu e aprovou o Castanheiro do lar, em Malcata, como árvore de interesse municipal.
   Veja aqui mais informação:
http://sombra-verde.blogspot.pt/search?q=castanheiro+lar
    




15.11.22

VIDA LONGA, FRUTO GOSTOSO E VERSÁTIL, EIS O SR. CASTANHEIRO !

O castanheiro aguenta e muito!
   Durante muitos anos, nos tempos em que não se semeava batata no nosso país, a produção de castanha assumiu um lugar de destaque na alimentação das pessoas e também dos animais. 
   Quem olha para a árvore das castanhas, até pode pensar que se trata de um fruto de fácil colheita. Essa ideia muda de figura quando a pessoa conversar com alguém que tenha castanheiros e aprendeu a tratar deles. Quem nunca acompanhou o crescimento desta árvore até pode pensar que é muito fácil encher uma cesta com castanhas. Para chegar o dia de apanhar as castanhas é necessário tempo, muita paciência, vigilância, disponibilidade e também ter terra e algum dinheiro. Mas não é tudo, ainda a colheita está dependente das condições climatéricas, como é a chuva, o vento e as geadas inesperadas e fora de tempo. Outro factor que também tem influência na quantidade e qualidade da castanha diz respeito à saúde da árvore, por exemplo, não ser vítima daquela malina que destrói qualquer ser vivo, o terrível cancro, aqui conhecido como o "cancro do castanheiro", também há que vigiar os ataques que "a doença da tinta" provoca na árvore. São males tão cruéis que têm levado à morte de castanheiros.









   Olhar para um castanheiro carregadinho de ouriços e ver as castanhas a espreitar o sol, deixa-nos alegres e felizes, porque sabemos que basta umas assopradelas de vento e vão parar ao chão. E apanhar o fruto para a cesta até é fácil. Esse trabalho complica quando cai o ouriço com as castanhas lá dentro. Raramente se consegue meter a mão à castanha sem levar umas picadinhas dos ouriços! Por isso, os nossos avós e pais usavam um maço de madeira, em forma de cunha aguçada, que facilitava a tarefa da recolha das castanhas de dentro dos ouriços.
Castanheiro centenário no lar da aldeia,
árvore de interesse municipal!
   A imagem mostra um frondoso castanheiro, mais de uma centena de anos de vida e continua a dar castanhas. Este exemplar é testemunho vivo das qualidades desta espécie e o seu crescimento está adaptado à nossa região e ao clima. As tapadas, que eram enormes terras, rodeavam a nossa aldeia e nelas cresceram castanheiros que duraram centenas de anos a desaparecer. A sua cultura, apesar de pouco trabalho por parte dos lavradores, fazia-se porque a sua madeira é excelente para o fabrico de móveis e objectos que se utilizavam no dia a dia da vida rural. E claro, na época da castanha, era um regalo para quem tinha castanheiros. 
   Tratando-se de uma árvore com tantas vantagens e que se adapta à nossa região, tendo também em conta a qualidade da sua madeira e o valor do seu fruto, não tenho memória que tenha existido grandes soutos, em quantidades que pudessem ser motores de desenvolvimento para as famílias locais. Apesar de haver famílias que possuíam um número apreciável de exemplares, para além de venda de alguns ramos aos madeireiros, a recolha da folha para estrume na lavoura e as castanhas que iam vendendo se alguém aparecesse na aldeia com boa oferta, quem possuía castanheiros, era um alívio na alimentação lá em casa e bom adubo para o chão. Não conheci família em Malcata que tivesse investido seriamente e com estratégia futura de obter rendimento financeiro. E foi pena, continua a ser difícil de entender não se apostar na cultura desta espécie de árvore, cuja nobreza e qualidade do fruto continua a enriquecer famílias em Bragança e outras regiões do nosso país. 
                                              José Nunes Martins
 

3.7.09

CASTANHEIRO MONUMENTAL EM MALCATA

Visita ao Castanheiro de Malcata
Foto copiada daqui: http://www.flickr.com/photos/pedro_teixeira_santos/tags/malcata/


O notável e monumental castanheiro situado nos jardins da Associação de Solidariedade Social de Malcata ( Centro de Dia ) foi motivo para a visita guiada que os organizadores do seminário "Árvores Monumentais:Importância e Conservação no Sabugal" recentemente reaalizado no Sabugal. A fotografia testemunha esse momento e regozijo-me com este acontecimento, pois, tenho a certeza que o trabalho levado a cabo pela Associação Árvores de Portugal, em especial, pelo doutor Pedro Nuno Teixeira Santos, finalmente vai ser recompensado. Vivemos num país onde as árvores por vezes não servem para outra coisa a não ser ocupar espaço e outras vezes para serem transformadas numa mesa, numa cadeira ou simplesmente viver até um dia secar a seiva que no seu interior circula. Mas, neste mundo há pessoas que vêem nas árvores uma boa sombra, um frondoso ramo carregado de ouriços, umas castanhas que depois de assadas e acompanhadas de um bom quartilho de vinho ou mesmo num caldudo bem quentinho, ajudam a viver e a comparar as suas vidas às da árvore. Enfim, eu estou mesmo contente porque há gente interessada em algo que a aldeia de Malcata ainda possui.

6.7.09

JARDIM DO CASTANHEIRO














Malcata está cada vez mais receptiva a quem a visita. Veja-se este exemplo de embelezamento, mesmo ao lado da ponte nova. Quando a ponte foi construida ficou neste espaço um monte de terra, serviu de local para depositar entulho e agora, após as obras levadas a cabo pela Junta de Freguesia, transformou-se num bonito recanto. Eu batpizei-o de "Jardim do Castanheiro". Esta árvore já abundou por terras de Malcata. Hoje estão em vias de extinção e parece que lhes vai acontecer quase o mesmo que sucedeu ao lince da Malcata, apenas com uma pequena diferença: a terra não os deixa renunciar à sua nacionalidade, portanto, é em terras malcatenhas que perecerão. Este velho tronco de castanheiro serve de símbolo, é uma homenagem que as gentes da aldeia querem prestar aos castanheiros.

8.4.09

CASTANHEIRO NOTÁVEL

Castanheiro de Malcata ( Outono )

Notícia retirada do Jornal Cinco Quinas:

Equipa faz levantamento dos castanheiros notáveis do Sabugal .
Os castanheiros notáveis do Sabugal vão ser compilados num livro que está a ser elaborado por Serafim Riem e por Laura Alves. Antes da publicação, a equipa vai ainda organizar um seminário sobre árvores centenárias.

Serafim Riem e Laura Alves estão a fazer um trabalho de levantamento dos castanheiros monumentais históricos do concelho, uma iniciativa da Câmara Municipal do Sabugal. Serafim Riem conta que «temo-nos preocupado em percorrer todo o concelho e estamos a fazer um levantamento de todos os castanheiros notáveis. Para isso, temos tomado em consideração aqueles que tenham um perímetro de cerca de 1,30 metros a cinco metros, porque senão alargaríamos demasiado o nosso trabalho».
Na génese deste projecto está «a riqueza deste património do concelho e a sensibilização das pessoas, para que tenham noção de que os castanheiros são velhos e que têm de ser preservados», revela Serafim Riem. A isto, acrescenta que «queremos que as pessoas se sintam vaidosas por serem proprietárias daqueles castanheiros».
Entre as actividades desenvolvidas, esta equipa tem feito medições e numerado as árvores. Assim, junto de cada castanheiro notável é colocada uma placa da Câmara Municipal do Sabugal, com o respectivo número da árvore. Mais tarde, explica Serafim Riem, «depois dos dados coligidos, pensamos publicar um livro, que será “Castanheiros Notáveis do Sabugal”, talvez no início do próximo ano».
Até lá, revela Laura Alves, «temos agendado um seminário para 25 e 26 de Junho. No dia 25 virá um expert em árvores centenárias, britânico. Teremos ainda outros oradores. No dia 26 teremos uma visita a alguns dos exemplares». Serafim Riem faz ainda uma achega à iniciativa, ao contar que «é um seminário organizado pela Associação Árvores de Portugal e pela empresa municipal Sabugal +, e terá o patrocínio do Planeta das Árvores».

Por: SQ
http://www.cincoquinas.com/index.php?progoption=news&do=shownew&topic=3&newid=1308
Ora, em Malcata, mesmo dentro do pátio do Centro Social, há um notável exemplar que aguarda pacientemente pela visita dos técnicos. Louvo a iniciativa da Câmara Municipal do Sabugal e oxalá os levantamentos sejam feitos até ao fim e que não fique nenhuma árvore por classificar. Por todo o concelho do Sabugal existem ainda grandes castanheiros e era urgente tomar medidas para os preservar.

25.8.09

Á SOMBRA DO CASTANHEIRO DE MALCATA HÁ SOLIDARIEDADE

Foi uma tarde de Agosto diferente. Á sombra do notável castanheiro do Lar de Malcata e com a presença de um bom grupo de avós e avôs e outras pessoas amigas, conversou-se de muitas coisas e até houve cantigas de antigamente que ajudaram a animar a tarde. Eu prometi que iria falar do Lar e que fariamos "inveja" ao vizinho Lar dos Fóios. Pois então aqui vai a primeira parte:

ASSOCIAÇÃO SOLIDARIEDADE SOCIAL DE MALCATA

O Serviço de Apoio Domiciliário prestado pela A.S.S.Malcata ( Lar de Malcata ) tem ajudado e muito a população mais idosa e carenciada da aldeia de Malcata. Idosos que por vezes não têm familiares junto de si, que se recusam a deixar as suas casas mas a quem muitas vezes já lhes falta as forças até para preparar uma refeição quente e nutritiva. É por estas pessoas que a A.S.S.Malcata luta diariamente para que os serviços sejam cada vez melhores e que consigam responder a todas as necessidades dos seus utentes.

O jardim anima os utentes


Utentes do Lar e amigos em convívio







Serviço de apoio domiciliário da ASSM




Com o Serviço de Apoio Domiciliário as pessoas podem solicitar:
- Cuidados de Higiene e Conforto Pessoal;
- Alimentação ao Domicílio;
- Limpeza e Arrumação do Domicílio;
- Diligências ao Exterior;
- Serviços de Primeiros Socorros;
- Tratamento de Roupa.

A todos os que trabalham nesta associação, em particular, aqueles que diariamente apoiam o meu pai, o meu sincero e singelo agradecimento e continuem a distribuir gratuitamente essas palavras e gestos tão banais e simples, mas com uma mensagem de Esperança, como um "bom dia" ou "bom almoço" e um "até amanhã". Vós sabeis a importância destas palavras simples e quotidianas para quem vive só. É assim que se valoriza uma instituição exemplarmente gerida pela Dra.Susana e restantes membros da direcção. Façam os outros felizes e contribuam para a felicidade da vossa vida pessoal.

30.3.23

O BRASÃO DA FREGUESIA DE MALCATA

    
   

  Brasão: escudo de prata, cabeça de lince de sua cor, animada de vermelho e dois ramos de castanheiro verde, com ouriços do mesmo, abertos de ouro, tudo alinhado em roquete; em campanha, monte de verde movente da ponta, carregado de faixeta ondada de prata e azul de três peças. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: «MALCATA».
  Foi estabelecida em reunião de Assembleia de Freguesia, em 29/06/2003, publicada no Diário da República, 3.ª Série, Parte A de 30/08/2003 e registado na Direcção Geral de Autarquias Locais, com o n.º 297/2003, em 22/09/2003



Heráldica 
                                                     
   --------------------------------------- +++ ------------------------------------------------------------------   
                    CUIDAR  DOS  NOSSOS  SÍMBOLOS  IDENTITÁRIOS!
                    NÃO  PERMITIR  ALTERAÇÕES  NEM  UTILIZAÇÕES  COMERCIAIS!

   Há muito que defendo que, a Junta de Freguesia de Malcata, deve tomar medidas para a utilização do brasão da freguesia de Malcata na identificação de outras entidades ou instituições. Será que a Junta de Freguesia de Malcata, ou a Assembleia de Freguesia de Malcata, autorizou a utilização do símbolo heráldico da freguesia por duas associações de Malcata? Se houve autorização para a utilização do brasão, a tal autorização tem que estar documentada, nomeadamente nas actas das reuniões do Executivo e da Assembleia de Freguesia, no tempo em que isso aconteceu. E a situação complica-se ainda mais, mostrando mesmo algum desrespeito com os símbolos representativos da autarquia e freguesia de Malcata, por uma dessas associações ter alterado o brasão oficial, com a exclusão dos castanheiros e a introdução de uma arma de caça, numa alteração/falsificação que não devia ter sido, de qualquer modo, tolerada.
   O exercício da cidadania e do poder local também se nota e também se mede nestes pequenos pormenores de mais ou menos zelo e respeito com que se cuidam e tratam os símbolos da nossa aldeia, do povo malcatenho.
   E eu não ando a perseguir ninguém, não estou à procura do que está errado, nem ando com pedras nas mãos para atirar aos outros. Essa não foi, não é e não será a razão das minhas palavras. Não se trata disso, apenas e só, tornar conhecida a minha opinião e alertar as instituições legalmente constituídas, que tenham mais cuidado e mais atenção ( ou o que lhe quiserem chamar…) pelos símbolos oficiais autárquicos da freguesia de Malcata.
   E como, quem não cuida e respeita, corre o risco de não ser respeitado, lembro às Juntas de Freguesia, fieis e legais depositários dos símbolos heráldicos das freguesias, que no Diário da República, estão definidas as regras da Lei e da Comissão de Heráldica, que ditam que a bandeira, outro dos símbolos heráldicos, é para ser hasteada em público e o brasão da freguesia de Malcata tem três torres e não quatro ou cinco!

                                Brasão heráldico da Freguesia de Malcata
                                                                                 👍✔


                                          José Nunes Martins


2.12.18

MALCATA: A FOGUEIRA DE NATAL ESTÁ A PERDER CALOR

  O Natal na minha aldeia sempre foi presépio grande na igreja e uma grande fogueira no adro da igreja. Ainda hoje se mantém essa tradição. A fogueira lembra-me a preparação para enfrentar o frio e a chuva do inverno rigoroso que se sente, mas também um velho costume que cabia aos jovens arranjarem a lenha para a fogueira. Acendia-se antes de começar a Missa do Galo e depois era ao seu redor que ali ficavam as pessoas a cantar, a comer e beber, principalmente jovens rapazes e homens. O ano passado observei durante algum tempo a construção da fogueira. Já não é como era, deixou de ter graça e passou quase a ser uma obrigação assumida pelos mais adultos, talvez para não deixar desaparecer a tradição da fogueira de Natal. Os jovens são ou não desafiados a participar na montagem da fogueira? Não compreendo a sua ausência e o seu pouco interesse em manter esta tradição.
   Antigamente juntavam-se os jovens e alguns, mas poucos adultos, manhã cedo, lá iam com os carros puxados com juntas de vacas em busca da lenha para a fogueira. O malcatenho José Rei escreveu no seu livro Malcata e a Serra esta passagem:
     "Noutros tempos competia aos mancebos que já tinham ido à inspecção militar arranjar os madeiros para a fogueira e garantir que a mesma ardia até ao nascer do sol. Habitualmente, os madeiros (grandes troncos e raízes de castanheiro) eram colocados no adro da igreja com antecedência, sendo a lenha de atear arranjada ao fim da tarde da noite da consoada. Uma vez que a lenha escasseava, quando a hora de fazer a fogueira se aproximava, os donos das casas tratavam de acautelar os paus que tinham nos currais, deixando apenas à vista o molho de lenha, palha ou carqueja que queriam dar. Caso o dono da casa não deixasse contributo, podia haver retaliações gravosas. Casos se contam em que foram arrancados portões de madeira, roubadas e queimadas cancelas, charruas e arados, assim como abatidas cerejeiras e nogueiras, árvores estimadas. A rapaziada também não admitia que alguém se assomasse à janela e ou viesse à porta. Quando tal acontecia, retaliava à barrocada
 
(pedrada)." José Rei defendia que "esta forma estranha de louvar o Menino Jesus integrava uma espécie de ritual de passagem dos mancebos para o estado adulto. Mostravam eles a sua força e determinação substituindo as vacas dos carros. Eles próprios puxavam o carro das vacas".
   Hoje, os reboques e tractores são conduzidos pelos seus donos e o trabalho faz-se num dia. Carne assada, pão e vinho ainda hoje ajudam a terminar a montagem da fogueira.Com o andar das coisas, a fogueira na véspera do dia de Natal terá o mesmo fim que a ribeira e os moinhos.
                             José Nunes Martins
                              
josnumar@gmail.com

26.5.10

MALCATA: A ASSOCIAÇÃO SOLIDÁRIA EM FESTA


A.S.S.M.- 15 anos de solidariedade

   Há 15 anos que o sonho se começou a realizar. Com a doação do terreno feito pelo senhor Manuel Augusto Cidades, Carlos Clemente tem sabido liderar esta associação que abriu as suas portas em 1995. Apoiar a terceira idade, devido a ser uma população muito envelhecida, foi o principal objectivo da criação da Associação de Solidariedade Social de Malcata.
   A celebração do 15ºaniversário da instituição celebrada no passado dia 15 de Maio e a divulgação desta associação de solidariedade social merece ser mais conhecida. E quem melhor do que o senhor Carlos Clemente, presidente da associação, para nos ajudar nesta tarefa? E a conversa aqui está:

CONVERSA COM CARLOS CLEMENTE, PRESIDENTE DA A.S.S.M.
Malcata.net: Que razões estiveram na criação da Associação de Solidariedade Social de Malcata?

Carlos Clemente:- O objectivo principal da criação da Associação foi de apoiar a terceira idade, devido a
ser uma população muito envelhecida e muitos viverem sós e entregues aos seus   próprios cuidados, pois a maioria dos seus familiares se encontrarem ausentes ou emigrados.

Malcata.net: Que ligação tem o senhor Carlos Clemente, presidente da A.S.S.M.,a Malcata?

Carlos Clemente: Estou casado nesta aldeia há 35 anos e tive sempre grande afecto com estas gentes.

Malcata.net: Quantas pessoas trabalham na instituição?

Carlos Clemente: Trabalham nesta associação 15 funcionárias e 1 funcionário, para apoiar os utentes no que for necessário.

Malcata.net: Quais são as principais actividades desenvolvidas pela associação?

Carlos Clemente: Lar, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário, além das refeições, que são transportadas por carrinha e entregues ao domicílio pelos nossos funcionários, damos também apoio na higiene pessoal, habitacional e tratamento de roupas. Nestas valências temos como serviço complementar serviços clínicos, no apoio à doença visitando-nos uma médica uma vez por semana e enfermeira duas vezes por semana, ou mais consoante as necessidades. São desenvolvidas várias actividades ao longo do ano, como integração na comunidade, assim como várias festas que são muito do agrado dos idosos: Romaria da Senhora da Póvoa, Senhora de Fátima, Santa Eufêmia, Senhora da Ajuda, a festa da sardinha ( festa com os emigrantes em Agosto) normalmente seguida da realização da Assembleia Geral onde todos os associados podem expressar a sua opinião, poderão constituir uma lista para a direcção que será levada a votação de 3 em três anos; também fazemos o magusto, a matança do porco e celebramos o dia do idoso, para além de outras comemorações.

Malcata.net: Quais são as principais carências da associação?

Carlos Clemente: Nestas instituições existem sempre carências. Necessitamos da implantação de um elevador no edifício, para facilitar a mobilidade dos idosos, talvez a construção de um segundo andar, devido à enorme procura que a associação está a ter.

Malcata.net: Que projectos tem para o futuro?

Carlos Clemente: Melhorar cada vez mais a instituição e criar melhores condições para que os utentes se sintam tão bem como na própria casa.

Malcata.net: Qual a importância da instituição que dirige no contexto do concelho do Sabugal?

Carlos Clemente: A importância desta instituição para o concelho do Sabugal é abranger todos os utentes do concelho e não só, enquanto tivermos vagas.

Malcata.net: Fazendo uma viagem no tempo, de 1991 a 2010, que factos gostaria de salientar e de relembrar?

Carlos Clemente: A instituição foi criada em 1991 com a doação do terreno por um benfeitor da terra, Malcata, chamado Manuel Augusto Cidades, que me propôs doar o terreno em troca de ser apoiado em vida no lar que construiríamos, com a condição de nada pagar, pois vivia sozinho e com pouca família. A proposta do senhor Manuel Augusto Cidades foi aceite e ainda usufruiu dos  apoios do lar, nas condições por ele apresentadas, durante 10 anos.
Em 1992 começámos a construção do Centro de Dia, tendo sido inaugurado em 1994, ampliámos o edifício existente e no ano de 1995 o lar tinha já capacidade para 25 utentes, tendo a 5 de Maio desse ano o testemunho e a visita do Dr.Salter Cid, o então secretário de Estado da Segurança Social.
Não satisfeitos devido à grande procura e à necessidade de alguns utentes de ficarem na instituição durante a noite, aumentámos as instalações e em 1997 o lar passou a ter capacidade para acolher 37 idosos, sendo essa a nossa capacidade actual.
No espaço envolvente temos um castanheiro cujo estudo foi feito por biólogos que lhes parece ter aproximadamente 700 anos, para além das muitas castanhas  que anualmente produz, permite fazer o magusto com a participação de toda a população de Malcata e muitas castanhas consumidas pelos utentes do lar. Dá também uma bela sombra que no Verão refresca quem se sentar junto dele.

Malcata.net: Recentemente foi inaugurado o novo Pavilhão Multiusos da Associação. Porquê uma obra daquela dimensão?

Carlos Clemente: O pavilhão multiusos que nos fala, começou a ser construído em 1998, também com o objectivo de recebermos nas festas, condignamente, outros lares, visto não termos um salão que nos permitisse acolher nos dias festivos tanta gente. Ainda agora, nesta pré-inauguração de 15 de Maio, estiveram presentes, para além da população de Malcata, representantes dos lares com vários utentes da Bendada, Casteleiro, Aldeia de Santo António, Alfaiates, Rebolosa, Aldeia do Bispo, e Fóios. Reunimos aproximadamente 250 pessoas, contámos com a presença de D.Manuel Felício, Bispo da Diocese da Guarda, que procedeu à celebração da Eucarístia  e à Benção do pavilhão, o senhor padre César Nascimento, pároco da freguesia, o Governador Civil da Guarda, a Directora Adjunta da Segurança Social, o senhor Chefe do Gabinete da Câmara do Sabugal e o senhor Vitor Fernandes, presidente da Junta de Freguesia de Malcata.
  Foi servido o almoço, seguiu-se um sarau musical com o acordeonista Carlos Coelho, um músico desta terra, seguindo-se a partilha do bolo do 15ºaniversário da associação.
  Este pavilhão não irá só servir os habitantes de Malcata, mas também os do concelho e do país. No próximo domingo, dia 30 de Maio, vai realizar-se o convívio da Associação de Caça e Pesca de Malcata, com os apoios da nossa Associação de Solidariedade Social de Malcata, da Associação Cultural e Desportiva de Malcata e também da Junta de Freguesia de Malcata, de cujo programa faz parte uma prova de BTT, almoço e sarau musical com a animação das tunas de Lamego, festa que abrangerá cerca de 250 pessoas.
  No mês de Agosto, dia 14 mais precisamente, haverá uma festa convívio com os nossos emigrantes, vulgarmente chamada "Festa da Sardinha", que se realiza todos os anos com a organização a cargo da ASSM. Este ano já será realizada no novo pavilhão multiusos e não no espaço envolvente ao lar, dadas as excelentes condições que o multiusos oferece. Segundo as informações de várias pessoas que têm visitado o novo Pavilhão Multiusos, é neste momento o melhor do concelho.

Malcata.net: Para fechar esta conversa, quer enviar alguma mensagem?

Carlos Clemente: Agradeço o interesse na divulgação desta instituição e dos empreendimentos que vimos realizando e estamos sempre ao dispôr para o que for necessário. Ninguém tem nada que nos agradecer pelos cuidados prestados aos nossos utentes, pois é nossa obrigação tratá-los o melhor possível, pois eles merecem-no.
Apelamos para quem ainda não é sócio da nossa associação (Associação de Solidariedade Social de Malcata ) que se inscreva, pagando 6,00€ por ano.

Nota: O meu sincero agradecimento ao senhor Carlos Clemente pela disponibilidade que teve. Foi assim desta forma que pretendi divulgar a A.S.S.M. e mostrar que é possível sonhar e transformar os sonhos em realidade, mais importante ainda, é quando esses sonhos vêm contribuir para que muitas pessoas vivam mais felizes neste mundo.
  

31.12.09

RETROSPECTIVA DO ANO 2009


MALCATA EM 2009
Foram 365 dias vividos em Malcata e alguns acontecimentos foram estes:



FEVEREIRO:
-Inauguração do Salão da Junta de Freguesia




MARÇO:
-Presidente da Junta de Freguesia, Vitor Fernandes, participa na Assembleia da AECT-DUERO/DOURO e mais tarde é eleito para integrar o Conselho Sectorial do Turismo, Cultura, Património,Desporto, Ócio e Tempos Livres.




ABRIL:
- Filme sobre a Vida de Jesus, exibido no Salão de Festas.
- Repavimentação do Rossio
- Requalificação do Monumento a Camões





MAIO:
- 19ªFesta da Carqueja


JUNHO:
- Passeio BTT-Terra do Lince
- Visita e numeração do castanheiro do Lar




AGOSTO:
- Festas de Malcata
- ACDM elege nova direcção
- Ofélia Club é apresentado na C.M.Sabugal



OUTUBRO:
- Eleições para a Assembleia de Freguesia
- 27ªCaminhada Pelo Interior
- Caminhada Nocturna




NOVEMBRO:
- Matança do Porco e Magusto 



DEZEMBRO:
- Funeral do Dr.Artur Coelho
- Fogueira de Natal
- Concerto de Natal e Passagem de Ano


Estes são alguns acontecimentos ocorridos em Malcata durante o ano de 2009.
       O ano está no seu último dia. As despedidas já se fazem e tenho a certeza que a nossa memória já não se lembra de muitas coisas boas e algumas menos boas que vivemos durante estes 365 dias. A verdade é que o tempo, mesmo durante os momentos de muito calor nos meses de Verão ou nestes últimos dias de chuva e ventos fortes, cheias e terrenos alagados, dizia eu que o tempo nunca parou e amanhã entramos num novo ano e felizmente teremos mais 365 dias para viver.
   Façam o favor de viver felizes.