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17.3.24

CÁ ESPERO PELAS NOVIDADES


Uma árvore mimosa em Malcata


 
   O povo, diz a canção, é quem mais ordena. Em Malcata o povo vive cada vez mais resignado, adormecido e desconfiado. Se cheirar a mudança, o povo deixa-se estar no mesmo lugar e não se importa por continuar como está. Cada um preocupa-se consigo mesmo e quem está ao leme da Freguesia é que tem a incumbência para mudar as coisas públicas e o senhor prior as coisas que dizem respeito à igreja, ao religioso.
   O povo já não quer saber dos baldios, nem sequer perguntar como vai a vida na comunidade. Basta ir à aldeia num dia de sessão da Assembleia de Compartes ou da Assembleia de Freguesia e sentar-me nos lugares destinados ao público. Posso escolher sentar mais longe ou mais perto da porta do edifício onde está a decorrer a reunião. As vezes que o fiz, o público era só eu e mais ninguém. Onde estão as outras pessoas que habitam e vivem na aldeia? Devia comparecer e preencher todos os lugares destinados ao público,  para  ouvir o que de mais importante anda a acontecer na aldeia e  ainda têm a oportunidade de intervir e interpelar a mesa da assembleia.
   O falar nas ruas e na mesa dos cafés não é o mesmo que levantar do assento e depois da autorização do senhor presidente da Assembleia  dar consentimento já pode falar claramente o que tem a dizer. Depois de falar, é esperar pelas respostas, mesmo que alguém tenha ficado incomodado com o assunto. E meus caros conterrâneos, ali não existem pessoas más e violentas, são gente adulta, civilizada, sabem que estão ao serviço do povo, não têm porque se sentir incomodados, ou maniatados por quem quer que seja. Querem ficar a saber quanto renderam os pinhos nos baldios? Ou querem saber o que se está a passar com as cabras que não se veem nos baldios? Precisam de saber se podem acender o lume em casa com lenha dos baldios? Vão à reunião e perguntem que vão responder. E o mesmo digo a respeito da situação em que está a freguesia, apareçam nas reuniões da Freguesia e ouçam, perguntem e digam  o que vos está a atrofiar a vista! 
   Penso que eu não serei o único refilão na nossa aldeia! Vivo longe, bem longe daí e ainda tenho interesse por andar minimamente informado acerca da vida comunitária
na nossa aldeia. E lembrem-se disto:
   “Eu até não sou mau rapaz
   Com maneiras até sou bem mandado
   Mas para que lado é que me viro, pra que lado.”
   Envio esta mensagem e espero que enviem novidades. Vou aí em Abril para a EDP mudar o contador
da luz lá da casa número seis.
    Já não tenho mais para escrever. Cumprimentos e abraços.

    José Nunes Martins

   
  
  
   Próxima Assembleia de Compartes da Freguesia de Malcata:



 

12.3.22

QUANDO É QUE VAI SER POSSÍVEL PARA TODOS ?

Quando irá ser possível estar ligado?
   
  A Anacom, entidade reguladora das comunicações, diz ter começado em Janeiro deste ano a identificar todas as “zonas brancas”, lugares onde a internet falha. O objectivo é ter até 2030 o território nacional coberto por inteiro por rede de alta velocidade, fibra. A nossa freguesia, apesar de estar instalada uma rede Wifi gratuita, a cargo da junta de freguesia, a aldeia muitas vezes não funciona, a falta de sinal para se trabalhar à distância é um sério problema. Hoje, com uma boa rede de internet, podemos trabalhar em qualquer parte do mundo e até a partir da nossa aldeia. Mas infelizmente não posso fazê-lo utilizando a rede Wifi gratuita da junta de freguesia. Há antenas espalhadas pela freguesia e duas vejo-as bem no cimo da torre do relógio, a uns 200 metros de distância. E apesar das antenas estarem ali tão perto e tão altas, sempre pensei que facilmente poderia aceder à internet. Na verdade, por muitas alterações e beneficiações e actualizações, entretanto levadas a cabo pela empresa responsável pela manutenção da rede Wifi da junta de freguesia, a realidade faz-me não acreditar naquelas antenas. As páginas até aparecem no monitor e consegue-se abrir algumas janelas. Mas a lentidão dessa abertura leva qualquer pessoa ao desespero e desiste porque nada garante que mesmo devagar e pacientemente termine um trabalho. A internet teima em não chegar a todos os cidadãos que residem na freguesia nas mesmas condições. No meu entender enquanto serviço gratuito, vindo da junta de freguesia, devia chegar a todo o cidadão por igual. Ver as antenas, saber que os vizinhos têm sinal forte e com velocidade aceitável, por que razão ou razões uns metros ao lado outros cidadãos não são igualmente servidos? É ou não uma rede Wifi para todos os fregueses? A tecnologia está constantemente a evoluir, mesmo a inteligência artificial por muito inteligente que seja, não será a resposta ao problema das falhas na rede Wifi da junta de freguesia. Ah, termino com esta curiosidade que se ligar ao sinal da casa do vizinho, também através da mesma rede Wifi da junta de freguesia, lá se vai navegando, navegando muito melhor! Parece que na nossa freguesia o sol quando nasce não é para todos, mas é só para alguns. Oxalá um dia a rede Wifi da junta de freguesia alcance a sua independência e como serviço público que é, chegue a todos os cidadãos nas mesmas condições.
 José Nunes Martins

25.10.21

MALCATA: APESAR DE HAVER FIBRA ÓPTICA, A PÁGINA DA JUNTA DE FREGUESIA DE MALCATA ESTÁ OFF LINE, OU QUASE ! ATÉ QUANDO?

       

                                     Uma página que pouco se alterou e em 2021 continua
                                    com défice de informação e de aproximação ao cidadão.
                    

      PRECISAMOS DE UMA AUTARQUIA MAIS ON

   É habitual que os malcatenhos pouco ligam à gestão da junta de freguesia e muito menos ao que faz ou manda fazer a Câmara Municipal. E pior ainda é que não há quem se preocupe ou pelo menos, tenha a curiosidade, de seguir mais de perto aquilo que a junta faz. Ainda há dias, decorreu no dia 11 de Outubro a instalação dos novos elementos da junta e da Assembleia de Freguesia. Bem, sendo praticamente as mesmas pessoas que já estavam, ainda menos interesse despertou. Eu, infelizmente, não me foi possível estar presente nessa cerimónia que tem importância para os malcatenhos, ou devia ter. Como passado uma semana não encontrei notícias acerca da dita cerimónia, perguntei, através da internet, o que se tinha lá passado. E não é que a resposta foi dada pouco depois, na página oficial da Freguesia de Malcata, que existe numa das redes sociais?! Agradeço desde já a informação disponibilizada, não só para mim, mas para todos os leitores e malcatenhos que quiserem saber.
   Para mim há mais a exigir a esta junta de freguesia. É que a página  https://www.freguesiamalcata.pt/ continua muito desactualizada e ainda lá consta a anterior Junta de Freguesia. E custa abrir esta página e ler “informação em breve”, as Notícias ainda são as de Setembro de 2019, pasmem-se! Malcata, naturalmente, não é isto e promessas como esta de
       “Bem-vindo à página oficial da Freguesia de Malcata. Com novos conteúdos,     mais rica em informaçãomais atualizada” ; ou esta mensagem:
   “ queremos que esta seja uma ferramenta útil aos habitantes de Malcata mas também um cartão de visita e uma plataforma de promoção da nossa região”!!!
    Mas o que é isto? Qual é o problema de inserir informação actualizada, que seja importante para o cidadão, que incentive o cidadão a interagir com as novas formas de comunicação e no conforto da sua casa, escritório situe-se ele na Guarda, Coimbra, Lisboa ou em Paris? Não consigo compreender o desinteresse pelas novas ferramentas de comunicação. Fico a pensar por que raio publicam o anúncio de uma corrida ou uma Feira e anúncios em nome das produtoras de cinema e matérias mais importantes que a Junta de Freguesia deve divulgar e disponibilizar, simplesmente nada de nada. Quem quiser andar informado, dirija-se naqueles dias de atendimento ao público, caso contrário, só com carta registada e cumpra-se a lei. A democracia e o poder local já não funciona assim! Em Malcata talvez nem se interessem, mas não lembrem-se que o cidadão também usufrui de direitos. E não bastam aquele tipo de justificações, do género, a junta que lá está é a mesma dos últimos quatro anos, já sabem como é e quando estão abertos. Não, não é resposta que se dê ao cidadão.
   Pergunto eu: vão ou não empenhar-se na actualização e utilização da página oficial que a Junta de Freguesia abriu na internet?
   Há anos que protesto contra este marasmo. Dois exemplos:
 
https://aldeiademalcata.blogspot.com/2017/06/entre-quem-vier-por-bem.html

 https://aldeiademalcata.blogspot.com/2019/08/afinal-para-que-serve-internet-em.html

                                                                                  Josnumar
                                                                           ( José Nunes Martins )


 

25.11.19

O BOM FREGUÊS


  

   Só olhando para o futuro e sem qualquer preconceito moral ou ideológico, em que todos os malcatenhos se unam para o bem da comunidade, única garantia firme e verdadeira de salvarmos a nossa freguesia.
   Há feridas que é preciso sarar e até que isso aconteça, temos que ter a coragem de procurar os remédios para a curarmos. Colocar as mãos na ferida e com ajuda e cuidados necessários, um dia ficará curada.
   Se olharmos para o tempo que já passou, o que podemos ver e o que somos levados a pensar? O que foi feito até aqui? Sabemos que há projectos por fazer, outros por acabar e ainda aqueles que se pensam um dia fazer.
   E o que nos diz ou transmite o poder local? Pouca informação, quase nada, para não dizer mesmo nada. Como vão as coisas? Vão bem, vai tudo bem e tudo como dantes em Abrantes. É o que me apetece dizer, pois parece que quanto menos perguntas forem feitas, tanto melhor.
   O boca a boca de hoje já deixou de ser exclusivo dos residentes na nossa freguesia. Com o uso das novas ferramentas tecnológicas de informação e comunicação, mesmo não estando presente e a residir na aldeia, rapidamente sabemos o que se diz, se espalha. Já não há como fugir e aqueles que continuam a negar a importância da utilização da internet e das suas capacidades de informação e divulgação é porque ainda não estão preparados para aceitar viver numa democracia participativa para além do colocar a cruzinha no voto sempre que há eleições.
   É ou não importante que o cidadão comum participe nas acções do poder local?
   É às juntas de freguesia que compete o Estado bem próximo. E o que sabem os cidadãos sobre a sua junta de freguesia, os trabalhos que fizeram, os que estão a fazer, as dificuldades e as demoras num determinado projecto ou obra? Há quem entre na sede da junta de freguesia quando lhe falta alguma coisa, quando rebenta o contador da água, quando falha a luz eléctrica e algumas vezes são capazes de sair de lá sem resposta, sem nada nas mãos. Sabemos que a junta de freguesia deve responder aos pedidos do cidadão, quer se trate de uma reclamação, um pedido de ajuda e fazê-lo com eficácia e rapidez.
   Aqui chegados, a utilização das novas ferramentas da comunicação têm que ser incentivadas na sua utilização para servir melhor o cidadão. E o que tem feito a nossa junta de freguesia a este respeito é muito pouco, apesar de estar a pagar por serviços e ferramentas que podiam contribuir para aumentar as relações do poder local com o cidadão e este se sentir mais participativo na vida da comunidade. E que dizer dos malcatenhos espalhados um pouco por todo este mundo? Hoje, com a ajuda da internet, há a possibilidade de resolver muitos assuntos importantes sem que haja necessidade de aguardar até ao mês de Agosto para se dirigir à junta de freguesia a fim de ficar resolvido um qualquer problema ou documento necessário para o cidadão.
   O que nos define como uma aldeia desenvolvida, é o empenho e a capacidade de cada malcatenho se responsabilizar pelos seus actos e cumprir os cumpromissos assumidos em determinada data.
                                José Nunes Martins
  

24.9.18

REUNIÃO DA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE MALCATA



REUNIÃO
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE MALCATA
Dia 24 de Setembro de 2018( hoje)
                                      LOCAL: Junta de Freguesia de Malcata
                                      HORA:  20:00 H

 
  Hoje, 24 de Setembro de 2018, pelas 20:00 horas, a Assembleia de Freguesia de Malcata vai reunir. Saberão os malcatenhos a composição deste órgão de poder local? Saberão também os malcatenhos o papel da Assembleia de Freguesia, quer no apoio e controlo das actividades e decisões levadas a cabo pelo presidente de junta, secretário(a) e tesoureiro(a)? E uma última pergunta: saberão os cidadãos, a viver em Malcata, que os membros da Assembleia de Freguesia de Malcata devem funcionar como elo de ligação entre os órgãos do poder local e o povo?
  Entendo eu que, dada a importância da Assembleia de Freguesia, é muito pouco aquilo que se tem feito na nossa aldeia. A lei de facto tem sido cumprida, ou seja, a Assembleia de Freguesia tem-se reunido e a sua convocação através de Edital faz parte dos procedimentos legais obrigatórios. No meu entender não basta afixar um Edital uns dias antes. É muito pouco para querer a presença das pessoas nas reuniões da Assembleia de Freguesia. Cumprir a lei e realizar as reuniões dentro de quatro paredes, geralmente sem a presença de qualquer cidadão e numa sala em que metade dos membros da assembleia ficam sentados de costas para o público, dificultando a compreensão do que dizem, mais razões as pessoas têm para não ir.
  E a divulgação das reuniões da Assembleia de Freguesia de Malcata deve ser tarefa de todos os seus membros, dos membros da Junta de Freguesia e claro, em especial, do Presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia.
  Um passo já foi dado com a publicação dos Editais na página Freguesia de Malcata nas redes sociais. Insuficiente e há que ir mais longe.
  O mesmo defendo quanto à “prestação de contas” do que se passou em cada reunião, juntando documentação escrita, fotografias e até gravações do que se passou. Saber que as actas podem ser consultadas na Junta de Freguesia é pouco e penso que serão poucos os que o fazem.
  Alguma vez, os que compõem a Assembleia de Freguesia de Malcata, organizaram uma visita pela freguesia para tomar conhecimento daquilo que realmente acontece na aldeia?
  E alguma vez a Assembleia de Freguesia convidou o executivo ( J.F.: presidente, secretário, tesoureiro) de Malcata a fazer uma visita a toda a freguesia para se apresentarem ideias de projectos, trocar opiniões, observar o nosso património, visitando instituições permitindo que todo o poder local (Junta e Assembleia de Freguesia) conhecesse a realidade?
  É obrigação do poder local cooperar e contribuir para quem tem o poder de mandar executar, facilitando o atendimento dos anseios e pedidos da população de Malcata. Assembleia e Junta devem trabalhar para o mesmo fim. Todos eles foram eleitos porque acreditaram e confiaram que trabalhariam para o bem de todos. Esqueçam os benefícios pessoais, os pedidos dos amigos ou aqueles que vos chegam por oportunismo.
  Lembrem-se sempre dos lemas de cada lista:
  Fazer melhor- PSD
 Trabalhar o presente a pensar no futuro – PS
 LEMBRANÇA: Hoje, 2ªFeira, 24 de Setembro, às 20:00H,
                     Reunião da Assembleia de Freguesia de Malcata.
                     HÁ TEMPO DESTINADO À PARTICIPAÇÃO DO POVO.
                     A SUA PRESENÇA É IMPORTANTE!
                     NÃO DEIXE QUE OUTROS SE SENTEM NA SUA CADEIRA!
                                                                       José Nunes Martins
                    
  
 

10.10.17

                 


QUAL É A IMPORTÂNCIA DO VOTO?
   O voto em democracia é que manda, é soberano. Os malcatenhos que votaram no passado domingo, 1 de Outubro, deram mais votos ao PSD do que aos outros partidos. E não há dúvidas que a maioria dos eleitores que votaram em Malcata quer que a junta de freguesia continue a ser dirigida pelos apoiantes de João Vítor, Palmira Corceiro e Carlos Vaz. Parabéns aos que venceram e parabéns aos que tiveram menos votos. Ninguém se sinta derrotado ou excluído da nossa comunidade. Os corajosos foram a jogo e agora que se sabe o resultado, cabeça erguida, continuar a vida e todos a trabalhar para todos. Uns de uma forma e outros de outra .Mas isso não quer dizer que eu mude de opinião, porque continuo a afirmar que Malcata perdeu uma oportunidade para mudar de rumo e de paradigma.
   Com os resultados verificados nas últimas eleições, está claro que os malcatenhos que votaram querem continuar a fazer o que têm feito até agora
e ao longo destes últimos anos. Todos sabem que sou crítico quanto ao trabalho executado pelo poder local, não foi só com a que agora vai sessar funções, mas por causa das redes sociais foi a mais visível. Vou continuar a falar aquilo que eu achar mau e com a discussão aumentar a intervenção cívica do nosso povo na vida pública.
   A nova equipa da Junta de Freguesia tem quatro anos para cumprir as promessas feitas, para trabalhar pelo bem da freguesia e servir os malcatenhos.
   Sou cidadão de Malcata, não estou amarrado a nenhuma ideologia ou partido político, como cidadão continuarei a dar a minha opinião, mesmo não vivendo na aldeia. Tenho consciência que muitos malcatenhos não vivem em Malcata, mas em França, Coimbra, Lisboa, Porto, Guarda…Argentina, Brasil…
mas nasceram em Malcata e lá longe continuam ligados aquela aldeia da beira ali aos pés da serra.
   Continuo a acreditar que a mudança é possível e necessária. E essa mudança para acontecer, temos que todos ter de fazer diferente o que temos feito sempre da mesma maneira. Há que encontrar coragem e vontade em mudar para melhor. Dizer que queremos fazer melhor, é insuficiente! É um começo de um desejo, mas há que correr riscos e não ter medo de errar.
   Espero da nova Junta de Freguesia um trabalho orientado para o sucesso,
com dedicação e serviço em favor das pessoas, dedicação, seriedade, transparência e verdade nas suas acções.
   Termino com a citação de uma frase muitas vezes dita pelo nosso conterrâneo José Rei: “Vamos devagar que temos pressa”!
                                               José Nunes Martins



   

6.8.17

"PROMOÇAOZÃO" AS NOSSAS OBRAS AQUI ESTÃO!


 


   A estratégia que está a ser seguida pela actual Junta de Freguesia de Malcata, na minha opinião de mero cidadão, que sigo o seu trabalho à distância e de perto sempre que tenho oportunidade de lá ir, é uma estratégia já conhecida e praticada por muitas outras juntas de freguesia, que de ingenuidade nada tem e é daquelas estratégias erradas, uma vez que se baseia no fazer uso dos mais variados expedientes públicos para influenciar a opinião dos cidadãos em seu favor e não em prol do bem comum.
   Hoje trago-vos alguns exemplos de como as obras públicas são usadas por esta junta mais em proveito da campanha política e do assegurar uma vitória eleitoral nas próximas eleições, que do bem comum. Todos sabemos que o senhor presidente esgotou o seu tempo e
não é neste tempo que ainda resta que as coisas vão mudar.
   Após três mandatos, ou seja, treze anos, ainda não aprenderam que não devem e nem podem colocar os recursos públicos, os recursos da junta ou do município, ao serviço da sua estratégia partidária e eleitoral. E só quem anda pela aldeia de cabeça perdida e muito distraído com cerveja e tremoços não repara na forma súbtil e dissimulada com que esta junta exerce o poder autárquico.
   Comecemos pela obra na rua da Moita, num espaço com cerca de 20 a 30 metros de comprimento, que é normalmente utilizado como serventia às duas habitações ali existentes, bem como ao quintal. No final do mês de Julho estive na aldeia e subi pela rua até ao dito lugar para ver a obra. Num tom de brincadeira olhei para a pessoa que estava ao meu lado e disse-lhe que a razão da calçada tinha a ver com a vinda à freguesia do prestigiado prémio Nobel da Paz em 1996, até porque quase de certeza que passasse ali. É claro que ambos sorrimos e os dois sabíamos que nada disto era verdadeiro, pois conhecemos bem e a seriedade das pessoas que trataram de convidar e bem receber essa tão ilustre pessoa. Ou seja, por alguma razão foi feita aquela obra e naquele lugar. No dia seguinte fui informado que os donos do dito terreno sabiam da existência da obra e que tinham dado autorização para que ela fosse executada. Pois, meus caros, a pergunta que me apraz fazer é esta: com que intenção e com que propósito a Junta de Freguesia, esta junta de freguesia que teve tempo para lançar esta mesma obra, veio escolher esta altura, tão próxima de eleições, dar este ar de preocupação com o bem comum? Tenho uma outra pergunta a fazer: então por que não calcetaram o acesso até ao primeiro portão, logo ali quase no princípio, para facilitar também o acesso aos terrenos existentes nas traseiras das casas de habitação? E a partir de agora, como vamos chamar aquela nova calçada? É pública ou não?
   Ora, bem fizeram os donos daquelas terras em aceitar a oferta feita. Outros cidadãos da mesma terra já não tiveram essa sorte. Um porque antecipou-se e como sabia que a terra era sua, puxou dos cordões à bolsa e lá tem agora também a calçada até à porta de casa! Outro, o homem andava distraído, atrasou-se na apresentação do seu pedido e a junta, dizem as gentes, recomendou-lhe que para a próxima vez faça o pedido a tempo e horas!
   Outro exemplo da estratégia errada, a meu ver, desta mesma junta de freguesia, trata-se do Vídeo publicado pela Junta de Freguesia. Já viram do início até ao fim, mas com olhos de ver e ouvidos limpos? Eu já! Tenho a comentar que a ideia está excelente, mesmo boa e louvo todo e qualquer trabalho que tenha por missão a divulgação e promoção da nossa Malcata. Para os malcatenhos, que conhecemos bem a nossa terra, o que é apresentado nesse vídeo já não é novo, já todos sabemos que em Malcata temos tudo o que lá se fala e mostra e o que não se mostra.
    Mas se é assim,  então qual é agora o “algueiro” que encontrei no meio deste vídeo que é descrito na página do Facebook da Freguesia de Malcata como sendo uma “reportagem sobre a freguesia de Malcata, que apresenta a Praia Fluvial….”
   Quem vir o vídeo até ao fim, vai concordar com o que vou dizer. Em geral, trata-se de um trabalho bem executado e como não sou técnico ou realizador de cinema, aplaudo o trabalho realizado. Agora, para uma pessoa que conhece a aldeia, interrogo-me porque não há uma imagem sequer da Queijaria Valfrades, muito menos um queijo ou cabrito, não é identificado o “Calvário”, não há uma única imagem ou referência ao movimento associativo existente e ao trabalho desenvolvido pelas associações; também esqueceram que em Malcata já existe fibra-óptica; ainda estão cafés e comércio abertos. Valha-nos o destaque para o "caldudo" do nosso conterrâneo Carlos Morais; e lembrem-se que para além do chá, faz-se um saboroso arroz de carqueja...
   A estratégia está lá e só a não percebe quem anda distraído com os turistas do Luxemburgo e da Alemanha que gostam de repousar no Parque de Auto-caravanas e que andam pelas ruas da aldeia em busca de um queijo ou sítio para comer e não encontram.
   Afirmar que existe “um parque de auto-caravanas com todas as condições para ter uma boa estadia”; “no Parque de Lazer onde há bangalows”!!!
   Depois vamos até ao Quartel da Guarda Fiscal, passamos pelo Forno e Museu do Pão, ali no Rossio. E é no museu do pão que o senhor presidente lança um desafio que é “convidava os visitantes a fazer uma visita à queijaria, porque vai valer a pena experimentarem o queijo tradicional de Malcata, feito todo de leite de cabra”. Espero pela imagem das mãos das queijeiras a fazer o queijo, mas nada aparece, com muita pena minha e mais do senhor que a explora.
   Ainda há tempo para mostrar o moinho a trabalhar e lembrar a actividade “Mãos na Massa” que numa parceria com o município e escolas, periodicamente a Junta realiza, diga-se com bastante aceitação.
   Subimos do Moinho para a Capela de São Domingos, mostra-se o Parque de Merendas e enquanto se vêem imagens da capela e da igreja Matriz, escutamos atentamente as explicações do pároco da freguesia.
   O filme acaba com a subida da Rua da Ladeirinha; “Calvário“ explicado o rito religioso por um cidadão; Largo do Rossio e Torre do Relógio.
   E chegámos ao FIM do vídeo. Mais ainda poderia escrever. O que escrevi revela como o executivo está a usar o exercício das suas funções autárquicas para promover a sua estratégia eleitoral. O dinheiro é dos cidadãos de Malcata, o proveito parece ser para quem vestir camisola da mesma cor. Ganhar eleições com os recursos dos outros torna-se mais fácil. Sou levado a pensar nesta frase:
“PROMOÇAOZÃO” AS NOSSAS OBRAS AQUI ESTÃO!

                                                                                                             José Nunes Martins,
                                                                                                        um malcatenho de 56 anos

19.2.17

O ENFADO NÃO ACONTECE POR ACASO



O falatório mais ouvido destes últimos nas ruas e cafés é sobre a antena de telemóveis.
  
O problema começa em Novembro, em que a Junta não teve o discernimento de comunicar antecipadamente à população do que iria acontecer “, diz um cidadão, enquanto com a colher de café na mão direita mexe o açúcar que acabou de despejar para dentro da chávena.
   Pois, isto de fazer e depois informar trouxe desconforto e perguntas que podiam ser evitadas. É que todos acabamos por participar nessa excitação e o ruído aumenta de intensidade porque, como em qualquer povo das nossas aldeias, as notícias sejam boas ou más, depressa são conhecidas.
   É verdade que o assunto das antenas já não é de agora, ou seja, não foi neste início de Fevereiro que os acordos foram conhecidos pela junta de freguesia. Também é verdade que não se trata de um pedido da junta para que a NOS instale a antena em Malcata e nem tão pouco da Câmara Municipal do Sabugal. Duvidam? Então informem-se na Anacom e perguntem se Malcata e outras freguesias do nosso concelho estão ou não na lista de freguesias que fazem parte do lote de freguesias tendencialmente sem cobertura de banda móvel, cujo relatório final foi aprovado pela Anacom.

   Fui acompanhando o desenrolar do assunto e na impossibilidade de estar na reunião que a junta convocou para esclarecer as pessoas, usando as redes sociais enviei a 50 pessoas esta pergunta:
   “Como Malcatenho(a) concorda ou não com a instalação da antena de telemóveis no jardim da junta de freguesia, ao lado do parque infantil?”
  
A mesma pergunta foi enviada a todas as pessoas, todas com relações familiares ou com gente amiga em Malcata. Foi um exercício não científico, sem grupo de idade ou sexo. Jovens, rapazes e raparigas, homens e mulheres, a quem lancei o desafio, muito agradeço a quem respondeu. Aqueles que não responderam foram em grande número, o que não me espantou.  Durante cinco dias aguardei resposta e eis os resultados obtidos:
Responderam: SIM……… 04
                      NÃO……. 23
   Não responderam:----- 19
   Indecisos:----------------04
   Surpreendidos com estes números? Eu não!
   Assunto encerrado? Eu digo que ainda não está encerrado. Vamos esperar respostas da NOS e da ANACOM.
   Última nota: autarca eu ? Resposta: Não! Mas ninguém corta a raiz ao meu pensamento e
à AMCF.
   Somos Malcata!

7.7.16

DESCOMPLICAR O PODER LOCAL

PILARES DE ACTUAÇÃO DA AMCF



   A Junta de Freguesia de Malcata, incompreensivelmente, continua a ignorar o trabalho da AMCF e no meu entender, a desaproveitar oportunidades de melhorar a vida da nossa comunidade. A contínua falta de postura institucional e o devido respeito democrático do poder local para com esta associação é difícil de compreender.
    A democracia, apesar de haver eleições e vencedores, não é um concurso ou um campeonato em que os vencedores ganham e durante o seu mandato consideram-se os donos da razão. A democracia existe para enfrentar e dar voz a todos os cidadãos, sejam de um país, de uma cidade ou de uma pequena aldeia. Quando os vencedores não são capazes de dar voz a todas as razões, a sua representatividade fica enfraquecida. Todos temos a obrigação de dar voz a todos e as instituições públicas devem agir em conformidade com a sua missão.
    Os malcatenhos têm hoje uma associação que sonha e quer mostrar com trabalho, com ideias, com projectos que também temos direito a sonhar e apontar caminhos que nos tirem do marasmo em que nos encontramos.
Mais importante que os nossos interesses pessoais, sejam eles de que natureza forem, é importante que os malcatenhos se convençam que há esperança e futuro em Malcata para os nossos filhos.
   A AMCF não desarma e continua a construção a que se propôs quando nasceu, vai agora fazer um ano. A formação do "Conselho Consultivo" da AMCF, dando cumprimento aos Estatutos da associação, está constituído. Surpresa das surpresas: ausência da Junta de Freguesia, porque declinou o convite formulado pela AMCF. Mas, sinceramente, quando olhamos para as entidades e pessoas que aceitaram fazer parte deste conselho consultivo, os meus olhos brilham de esperança e sinto que esta associação está a traçar e a construir caminhos que nos podem levar ao êxito.
   Aos olhos de alguns esta associação não fez nada. E para quem tem acompanhado o trabalho desta associação, é estimulante sentir e ouvir palavras de ânimo e são muitas as pessoas e entidades públicas e privadas que se têm associado a esta dinâmica que há medida que o tempo corre nos vai surpreendendo e nos leva a acreditar que em Malcata também se pode viver e ser construtor de um mundo novo.