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29.1.20

O QUE É QUE MALCATA TEM?



      O que é que a nossa aldeia tem e  que as outras aldeias não têm e gostariam de ter?

   Um ambiente tranquilo e pacato, convívios, coisas simples e naturais, ar puro e andorinhas a esvoaçar no céu?
   Isto são características que todas as aldeias do nosso concelho oferecem. Hoje toda a gente sabe que as aldeias do interior são bons carregadores de baterias, são um bálsamo para o corpo e para a alma.
   Malcata tem aquilo que tem. Mais, eu digo que hoje a aldeia já tem algumas ofertas que as outras aldeias não têm e nunca irão ter. Haja projectos e vontade de os construir, sejam eles projectos municipais e da junta de freguesia, das associações ou de investidores particulares.
   Todos são bem-vindos, porque há muito a fazer na nossa aldeia e pela nossa freguesia. E não importa que residam em Malcata ou que nela tenham cá nascido. Venham, porque serão vistos como um estímulo aos habitantes e também aos que tendo nascido cá, andam pelo mundo fora. É sabido que quem nasceu na aldeia e sempre trabalhou nas cidades ou ainda trabalha, geralmente guardam no seu coração um torrão de terra lá bem guardadinho, seja por causa dos familiares e amigos, ou das boas recordações e experiências, continuam a gostar da sua aldeia e por isso regressam.
   Eu ainda sou do tempo em que as crianças nasciam na aldeia e hoje nascem numa maternidade a uns quilómetros de distância. Também a escola e a creche estão fechadas. Obviamente que esta é uma circunstância que ninguém deseja, muito menos os casais que têm crianças na idade escolar. É um preço demasiado elevado a suportar pelo casal. Mas então como criar as melhores condições para a nossa aldeia ser querida e desejada para uma família optar em mudar-se para aqui viver, trabalhar, educar e acompanhar a vida escolar dos seus filhos? A resposta é tão óbvia que tem escapado aos nossos governantes e autarcas: apoios.  
   As mudanças, por muito pequenas que elas sejam, acarretam custos, sacrifícios, incertezas, burocracias com organismos públicos, procura de habitação, etc., etc…e sem ajudas tudo se torna ainda mais difícil.
   Malcata, como freguesia pequena e integrada num município com mais uma quarentena de aldeias como a nossa, tem sido apoiada pela Câmara Municipal em algumas obras que têm contribuído para o seu desenvolvimento e mudança da sua imagem.
   Ainda se lembram da pergunta que fiz no início desta crónica?
   Vou repetir e gostava que ousassem partilhar a vossa resposta.
    A pergunta é esta:
   O que é que a nossa aldeia tem e o que as outras aldeias não têm e gostariam de ter?


23.4.19

NAVEGAR EM ÁGUAS CRISTALINAS RUMO A UM PORTO SEGURO

   As associações têm um papel insubstituível no desenvolvimento da nossa freguesia. Na aldeia de Malcata existem várias associações com actividades nas áreas recreativas e/ou culturais, religiosas e de apoio económico e social.
Todas têm as suas actividades e são estas instituições que vão perpetuando as tradições e as práticas culturais da nossa freguesia, sendo também responsáveis pela implementação de novas áreas de actuação no âmbito do aumento da participação cívica, do reconhecimento e valorização dos cidadãos e do território.
   O apoio prestado pela Junta de Freguesia ao associativismo é do conhecimento de todos, mas talvez nem todos saibam como esse mesmo apoio é atribuído ou as verbas destinadas para esses fins. Já alguma vez leu esta frase “Freguesia de Malcata Apoia a Cultura e o Desporto”?
   Ela costuma aparecer escrita numa lona durante actividades desportivas e também nos equipamentos de uma associação. Todos ficamos informados que a Junta de Freguesia disponibiliza ajuda para actividades desportivas e culturais. E essas ajudas são ou podem ser de apoios logísticos, por exemplo, cedência de instalações e equipamentos, que a junta de freguesia possui e disponibiliza, ou de apoio monetário, doando dinheiro aos responsáveis pela organização dos eventos que realizam. Outra forma de ajuda que muitas vezes também é notada em eventos públicos, é a presença e a participação dos membros do órgão executivo eleito e em funções.
   Concordo com o princípio que a Junta de Freguesia deve apoiar o movimento associativo e todas as ajudas não são muitas e devem ser aplaudidos. Também sou de opinião que o desporto tem contribuído para a tomada de consciência da sua importância no desenvolvimento da freguesia, do elevar do ego e orgulho dos habitantes da aldeia. E tem sido graças ao desporto que Malcata se tem tornado mais conhecida, mais animada nos dias dos eventos.
   Já estou em desacordo com os critérios de decisão e atribuição dos apoios que, tanto no passado, como agora no presente, continuam a ser dados sem a divulgação do tipo de ajuda e dos encargos financeiros e sem qualquer avaliação.  
   A Câmara Municipal do Sabugal, e bem, aprovou normas regulamentares que estabelece as regras em que o município apoia o movimento associativo do concelho, independentemente da área a que as associações se dedicam. É um documento que trouxe ao conhecimento de todas as associações os critérios a ter em conta para ser apoiadas. E nada pior do que a falta de regras claras, com direitos e obrigações, porque nada é gratuito e tudo tem o seu preço. Gerir bem e com transparência os recursos públicos colocando-os ao serviço da comunidade, é uma das mais eloquentes missões dos representantes políticos do povo.
   Uma autarquia que diz estar aberta e disposta a apoiar tudo o que seja para o interesse da sua freguesia merece ser aplaudida e incentivada a efectivamente defender e apoiar, sem medos, todas as actividades que tenham ou procuram ser alavancas de desenvolvimento, de elevação da auto-estima das pessoas, da criação de novas oportunidades, da mudança de hábitos, mentalidades mais abertas e mais participação cívica e responsável.
   Como se consegue isto? Como se terminam com muitas dúvidas e encolher de ombros?
   Uma das respostas que eu quero aqui deixar é esta: elaboração, discussão e votação em Assembleia de Freguesia de um Regulamento de Apoio ao Associativismo na Freguesia de Malcata.
Se a Junta de Freguesia considera as associações, legalmente constituídas, como seus parceiros importantes na prossecução dos interesses do povo, através das diversas actividades culturais, desportivas, lúdicas, de formação, também deve reconhecer a necessidade de as apoiar. Ora dada a importância que esses apoios têm para as associações, o cumprimento das regras da transparência e igualdade na gestão dos recursos públicos, é importante e necessário regulamentar a atribuição dos respectivos apoios, onde fiquem definidos e uniformizados os procedimentos para todas as entidades beneficiadas que solicitarem ou lhes for proposto apoio, considerando essas ajudas e parcerias de interesse público, de interesse para a nossa freguesia.
      O caminho parece longo. Lembro a frase que um dia li que dizia:
   “ UM BARCO SEM RUMO TRAÇADO NUNCA CHEGARÁ A UM PORTO SEGURO”.

  



 

                                                                                                                                                 José Nunes Martins
                                                                                                                                                 josnumar@gmail.com

12.3.18

NEM SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM




   Tendo em conta que nem só de pão vivemos, mas também nos alimentamos de outras necessidades: culturais, desportivas, sociais e espirituais, há que participar nestas actividades porque elas são importantes para o desenvolvimento cívico, social e de cada um de nós.
   A cultura e a dinâmica do povo de Malcata podemos medi-lo pelo número de entidades e associações que desenvolvem um plano de actividades estruturado e planificado. Na nossa aldeia as associações são os parceiros privilegiados da junta de freguesia, no desenvolvimento e na promoção do bem-estar da população, designadamente através da realização de actividades desportivas, culturais e muitas outras dirigidas à nossa comunidade.
   Reconhecer o papel activo, a sua importância e a variedade das áreas abrangidas, numa aldeia como a nossa, cabe à junta de freguesia dinamizar e incentivar, apoiar e promover os eventos que as associações planeiam realizar. O trabalho de uma junta de freguesia inclui a existência de boas relações entre a autarquia e as associações, valorizando e apoiando as iniciativas na perspectiva de desenvolvimento integrado e sustentável da freguesia.
   Uma das competências das juntas de freguesia, de acordo com a lei, é apoiar o associativismo nas suas diversas vertentes e acções. E o que uma autarquia deve fazer é criar instrumentos que estimulem essas associações e apoiem as suas actividades e nunca fazendo o trabalho delas ou ficando dependente delas, respeitando sempre a autonomia de cada associação.
   Até agora como tem funcionado o apoio da Junta de Freguesia a estas associações e às actividades realizadas na freguesia?
   Quais são os critérios em que a Junta de Freguesia se tem baseado nas decisões que tem tomado no que respeita aos apoios já concedidos?
   Desconhecendo eu a existência de um Regulamento de Apoio ao Associativismo por parte da Junta de Freguesia, sinto-me com alguma razão em perguntar se estão ou não a cumprir os princípios gerais de igualdade, de imparcialidade e transparência, no que diz respeito às decisões positivas e negativas aos pedidos recebidos. Quem tem o poder de decisão é só a Junta ou a Assembleia de Freguesia, em determinadas situações, terá uma palavra a dar?     A verdade é que todos sabemos que a Junta de Freguesia tem apoiado umas associações e a outras simplesmente não dá resposta, o pedido parece ir directamente para o caixote do lixo.
   É fundamental a existência de um regulamento com regras que possam regular a atribuição dos apoios em dinheiro ou outros tipos de apoio concedidos pela junta de freguesia. A existência desse documento permitiria garantir os princípios de equidade e o controlo na atribuição dos apoios, também permitiria o acesso a todas as instituições e clarificavam-se os direitos e deveres e os critérios de avaliação dos pedidos. Já é mais do que tempo da Junta de Freguesia de Malcata apresentar esse regulamento, da mesma forma que o já fez a Câmara Municipal do Sabugal.
   Lembro que todos os apoios devem obedecer a critérios objetivos de igualdade, justiça, equidade e imparcialidade, critérios esses que deverão estar definidos em regulamento.

                                                                                                                 José Nunes Martins
                                                                                                                josnumar@gmail.com

23.9.14

LIBERDADE DE VIVER




  Desde que o lar de Malcata abriu as suas portas já acolheu muitos idosos. Sabemos que a população da nossa aldeia está envelhecida e são poucas as crianças nascidas nestes últimos anos. São tão poucas que a escola primária já está encerrada e a creche continua também de portas fechadas.
   Afinal, quantos idosos vivem em Malcata?
   Quantos vivem nas suas casas?
   Quantos deles optaram livremente para irem viver para o lar de Malcata?
   E quantos lá se encontram empurrados pela família ?
   Dos idosos que ainda permanecem nas suas casas, quantos são apoiados pelo lar? E o apoio que o lar lhes oferece é o suficiente, é o que eles realmente necessitam?
   São muitas perguntas que me preocupam nestes últimos tempos. Espaço no lar da aldeia é coisa que parece não faltar. Se faltava espaço e as condições não eram as melhores, com a construção do novo pólo que está prestes a ser aberto, as melhorias das condições para os nossos idosos vão melhorar substancialmente.
   Olhando para os velhinhos é fácil entender que já têm muitos anos de vida, as rugas do rosto, as mãos calejadas, o andar meio encurvado são sinais que nos indicam que estas pessoas já vivem há muitos anos e agora sentem-se cansados.
   Os idosos são pessoas com muitos anos de vida, mas continuam pessoas adultas com capacidade de tomar decisões por eles próprios, como o que querem ou não fazer hoje e amanhã. São ainda donos das suas vidas, quer queiramos quer não, quer gostemos ou não das suas decisões.
   Acontece muitas vezes e até acredito que seja com boas intenções, a família intrometer-se na vida dos idosos. Os familiares não se dão conta que, às vezes, estão a pisar o risco, estão a violar a vontade própria do idoso e a sua autodeterminação, a sua vontade própria de poder gerir a sua vida, as suas coisas, o seu património, em resumo, a sua vida.
   Tanto a família mais próxima como os profissionais de saúde, desde os que trabalham nos hospitais aos que cuidam dos idosos nos lares, por vezes esquecem-se que estas pessoas, apesar de idosas, têm direitos. Todas estas pessoas não estarão a interferir demasiado na vida do idoso e nas suas escolhas de vida?
   Quantos idosos entram nos lares mesmo contra a sua vontade? E quantas famílias os vão lá retirar à força, contra a vontade deles?
   Esta é uma realidade que se vive em muitos lares, em muitas famílias e Malcata não deve ser diferente. A maior parte de nós acreditamos que os idosos, a partir de certa idade, ficam sem capacidade para tomar as suas decisões quanto à sua vida. Muitas vezes o idoso pede ajuda porque o neto ou netos o querem meter no lar, mesmo contra a sua vontade. Ou outras vezes, são os filhos do idoso que por causa da falta de trabalho, sentem-se quase obrigados a retirar o seu pai ou a sua mãe do lar, mesmo contra a sua vontade.
   Isto é violência da autodeterminação, é violência económica e se lhe juntarmos a violência emocional, temos à nossa frente um grave problema para resolver. E a solução é difícil de encontrar porque os idosos têm medo de muitas coisas: têm medo e não querem denunciar os abusos da família, da direcção do lar e dos seus funcionários. Apesar dos idosos se sentirem mal tratados e incompreendidos, vivem tristes e sofrem em silêncio porque têm vergonha de denunciar o que se passa com eles ou do que vêem ao seu redor. Ficam com medo de sofrerem represálias por parte daqueles que deles cuidam. E muitas vezes, até têm medo de serem acusados de serem eles os responsáveis pela situação por que estão a passar e acham que o melhor é calar, não dizer nada e sem querer continuam a viver numa permanente tensão. Só que estas atitudes e a aceitação destas situações, com o passar do tempo, começam por ter perturbações no sono e deixam de dormir tranquilamente, estão em constante nervosismo interior, quase com sentimento de raiva. Agindo desta forma, estão criadas as condições para o aparecimento de variadas doenças.
   O que fazer então?
   A instituição e os seus responsáveis e todos os seus colaboradores devem prestar sempre atenção a este tipo de comportamento. Detectadas as situações, há medidas que devem ser postas em prática.
   Outra acção a ser levada a cabo é que os idosos peçam ajuda e apoio. Aqueles que ainda estão de perfeita saúde e com plenas capacidades de tomar decisões, no fundo, que apesar da idade avançada, possuem uma vivência e uma independência íntegra e total, devem ajudar aquele que já não está na mesma situação. Ajudar ou pedir ajuda à instituição ou a algum cuidador em quem confie é um início. Se essa ajuda não existir, existem outros apoios externos e que os idosos podem e devem saber que existem e que estão prontos a ajudar a resolver o seu problema.
   Deixo aqui dois importantes apoios:
  
LINHA SOS PESSOA IDOSA
Telef. 800 910 100
A linha “SOS Pessoa Idosa” é um apoio feito pela Fundação Bissaya Barreto, para prevenir a violência contra pessoas idosas.
Abusos de dinheiro e atentados à autodeterminação, como o direito a escolher onde viver, são atendidos.

SAÚDE 24 SÉNIOR
Telef.808 242 424
Serviço telefónico gratuito do Ministério da Saúde. Os enfermeiros, após receber a chamada do idoso, contactam o idoso que quer ser acompanhado.


  

25.8.12

MALCATA: AECT-DUERO-DOURO APOIA NO PERCURSO PEDESTRE

  Percursos pedestres contribuem para desenvolver Malcata

 A aldeia de Malcata vai ser umas das freguesias do concelho do Sabugal que vão beneficiar do programa "Fronteira  Natural". Trata-se de um projecto-programa da responsabilidade do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Duero-Douro ( AECT-Duero/Douro) que tem como objectivo a recuperação, até ao final do ano, uma centena de espaços verdes nas localidades transfronteiriças de Portugal e Espanha. A Junta de Freguesia de Malcata apresentou a recuperação-conservação do Percurso Pedestre e que na passada sexta-feira foi aceite.
   Lembram-se das "cabras-bombeiro" e que ainda não arrancou no nosso concelho?
   Vamos lá ver o que teremos no final do ano!

http://www.asbeiras.pt/2012/08/agrupamento-europeu-apoia-recuperacao-de-espacos-naturais-no-concelho-do-sabugal/