31.1.18

EM MALCATA VIVER SEM ÁGUA NÃO PRESTA

   A população da nossa freguesia é abastecida pela água da rede pública que vem do furo situado num terreno ali para o Bradará. Nesta última vez que estive na aldeia, soube que a nascente que alimenta esse poço está com um caudal insuficiente para satisfazer as necessidades dos consumidores. Daí que o depósito de água tenha andado a ser cheio com água transportada por camiões cisterna. E está assim explicada a mangueira que encontrei no depósito da Rasa aquando da minha visita a este local.

   A falta de água no poço que abastece toda a aldeia merece a atenção da autarquia, pois com um Inverno tão seco é de prever ainda um agravamento da situação na Primavera e no Verão.
   Na minha opinião, aquele poço que abastece de água a povoação, não devia ter sido feito naquele lugar. É um terreno que está a uma cota muito mais baixa que o povoado e está muito afastado do depósito de armazenamento, o que obrigou à construção de uma rede para transportar a água e ainda ao seu bombeamento para o único depósito
situado numa cota mais elevada. Outra razão da má escolha do local do poço é a proximidade a que está a Etar de tratamento das águas e esgotos.
   A falta de água no depósito é um problema que deve ser resolvido agora e não no Verão.
   Outro problema por resolver é a falta de água da rede pública em algumas casas, principalmente nas que estão construídas em lugares elevados, como é as moradias e o lar, todos situados na Rua Carvalheira de Jorge.
   Esta falha no abastecimento já não é de agora e já se arrasta há uns anos. Os moradores estão cansados de lutar por água nas torneiras fornecida pela rede pública
e até ao presente nada foi resolvido. Continuam a consumir a água dos poços artesianos, mas temem que essa mesma água comece a não cumprir os parâmetros exigidos para ser consumida, pois o número das construções foram aumentando e aumentou também os riscos de contaminação da água, colocando em risco a saúde dessas pessoas.
   É preocupante o facto de haver casas na nossa freguesia que não estão servidas ou ligadas, à rede pública de água. A lei obriga as pessoas a ligarem-se à rede de água pública quando esta se encontra disponível. Todos os cidadãos têm direito ao abastecimento de água e ao saneamento no seu local de residência, de trabalho e em quantidade e qualidade adequadas à sua segurança e ao seu conforto.
   As pessoas sem água também pagam os seus impostos, mas não têm água pública!
   O direito à água, é reconhecido pelas Nações Unidas, como um dos direitos fundamentais e faz parte do direito à vida.
   Faço daqui um apelo à Junta de Freguesia de Malcata e à Câmara Municipal do Sabugal no sentido de resolver quanto antes a falta de água na torneira destes cidadãos.
                                                                                 José Martins

30.1.18

MALCATA SEM FOGOS DEPENDE DE CADA UM DE NÓS

   Até 15 de Março os proprietários de terrenos rurais devem proceder à sua limpeza. Caso não o façam, serão os municípios que deverão fazer esse trabalho e claro, multar os prevaricadores.
   Muitas pessoas foram surpreendidas com estas medidas, mas lembro que desde 2006 que existe uma lei que parece ninguém conhecer, ou dá jeito não a aplicar.
   "Se o outro não limpa, porque vou eu limpar"? ouvimos nós por aí.
   Pois é, uma grande maioria dos proprietários não limpa os seus terrenos. E as razões desse desleixo são várias. Na nossa freguesia os donos das terras são idosos, vivem da miserável reforma e já não têm forças para ir limpar e não têm dinheiro para pagar a quem faz esse trabalho. É claro que os sapadores praticam preços acessíveis, mas a verdade, é que nem todas as pessoas podem pagar o total das despesas.
   Há dias, o Secretário de Estado Artur Nunes, anunciou que o Governo em breve vai revelar alguns esclarecimentos em relação à forma de operacionalizar a limpeza das florestas. E o que existe em Malcata? Que floresta temos? Pinhais cheios de ramos, solos cheios de matos. No tempo dos nossos avós como era feita a limpeza? Ainda me lembro que não se deitava nada fora e pouco se queimava. Alguma ficava no chão e com o tempo e a chuva, transformava-se em estrume e era um rico fertilizante para a terra.
   Hoje ouvimos falar de máquinas que trituram tudo o que apanham. Também se fala muito das vantagens do uso da biomassa no aquecimento das casas e produção de energia.
   Limpar um pinhal, um terreno de giestas ou mato variado, tem os seus segredos. Hoje em Malcata há muitos tractores e as vacas são apenas miragem e memórias passadas. Estas máquinas até trabalham bem mais depressa que uma junta de vacas, mas não necessitam de "cama" para passar a noite na loja. Logo, deixou-se de dar tanta importância ao mato cortado, às folhagens das árvores e triturar mato é moda.
   Sabem, acho que não se devia plantar só aquilo que se quer. Da mesma forma também não se constrói o que se quer e onde se quer. Bem, quando se fecham os olhos, às vezes lá surgem aqueles mamarrachos feios e mal construídos.
   Estamos a chegar a Fevereiro e penso que em Malcata devíamos aproveitar esta oportunidade para fazer uma limpeza aos terrenos da freguesia.
   Em Malcata há muito trabalho a fazer, basta querer e com um bom planeamento e com uma utilização racional dos meios existentes podemos alcançar os objectivos.
   Para ajudar na limpeza das florestas temos a equipa de sapadores, o tractor da Junta de Freguesia e ainda algumas empresas especializadas neste género de trabalhos de limpeza florestal. Aos proprietários florestais, àqueles que precisam que lhe limpem o terreno à volta das suas casas ou palheiros, armazéns ou outras construções, procurem saber e perguntem uns aos outros como estão a pensar fazer. Com tanto para fazer, quanto mais depressa encontrarem a melhor solução e o mais vantajoso serviço, sairemos todos a ganhar, pois, Malcata sem fogos também depende de cada um de nós.
                                                                                                      José Martins
 

29.1.18

COSTUMES E TRADIÇÕES POPULARES EM MALCATA


Cantar as janeiras em Malcata (2012)
CANTAR AS JANEIRAS
   Nada neste mundo é definitivo e com tão aceleradas mudanças que vivemos, tudo parece transitório. Talvez por isso estamos a viver o desaparecimento de alguns lugares que nos habituámos a ver, pessoas que partem para o além, costumes e vivências comunitárias vão sendo esquecidas. Tomar essa consciência de que estamos a viver num mundo em mudança e que necessitamos de salvaguardar e registar algumas dessas memórias.
   Cantar as janeiras é uma das tradições que devem ser preservadas e merece continuar presente na nossa aldeia. Trata-se de uma tradição bem popular e que em Malcata ainda não desapareceu, mas se nada for feito, o seu desaparecimento chegará.
   Depois do Natal, as matanças do porco era o pão nosso de cada dia e de cada família. As cozinhas transformavam-se em autênticos secadores de enchido e as janeiras vinham mesmo a calhar para arrecadar umas morcelas ou umas chouriças…
   A tradição não é restrita apenas à nossa terra, por todo o país se cantavam e cantam as janeiras. Em Malcata, os garotos percorriam as casas dos vizinhos e esperavam que a porta da casa se abrisse e chovessem rebuçados. Já a juventude reunia-se no lugar combinado e em grupo, acompanhados pelo som da concertina, iam à noitinha de casa em casa a cantar as janeiras. Paravam ao fundo das escadas, cantavam e esperavam que alguém abrisse a porta da casa e lhes trouxesse as “janeiras”.
   Esta tradição de cantar as janeiras tem-se mantido viva graças à Associação Cultural e Desportiva de Malcata. Nos últimos anos esta associação tem sabido manter esta bonita tradição e as pessoas têm correspondido. Noutros tempos, as “janeiras” serviam para no fim da noite o grupo fazer uma festarola. Agora os tempos mudaram e a associação o que tem feito é distribuir parte da “receita” por instituições. Por exemplo, em 2011, ajudaram as Aldeias SOS da Guarda e em 2012, parte dos donativos foram entregues à Fábrica da Igreja para ajudar às despesas das obras da igreja paroquial.
   Mudaram-se os dirigentes e mudaram-se as vontades. Oxalá só não aconteça este ano e que a tradição de cantar as janeiras regresse para o próximo mês de Janeiro. 

15.1.18

MEXAM-SE E FAÇAM MELHOR

 

   

   Não é a primeira vez que encontro nos meus arquivos matéria sobre a nossa aldeia. E desta vez, encontrei uma foto que tirei em 2010 à placa informativa que se encontra depois da ponte, junto à Senhora dos Caminhos, no sentido da aldeia.
   Portanto, passados 7 anos, nada se alterou e lá continuam os mesmos erros de caligrafia e também a informação de instituições que já não existem.
   Quando retiram aquela placa e a corrigem?
   Sei que já estão aí a comentar que não tem mal nenhum, benvindos ou bem- vindos quer dizer o mesmo e todos entendem; toda a gente da aldeia sabe que a escola primária e a creche já não existem e tanto faz lá estar escrito como não. E que mal tem lá continuar, não incomoda!
   Todos os da aldeia sabemos que não há escola, nem creche aberta e muitos nem sequer vêem a utilidade daquela placa.
   Cum catano, aquela placa de informação é as boas-vindas a todos aqueles que nos visitam! Esta situação arrasta-se há muitos anos. É ou não um ciclo novo e com o lema “Fazer Melhor”?! Então mostrem que estão a melhorar! Vão ter este apelo em conta ou ignorá-lo tal como têm feito com os mails que lhes envio e aos quais nunca me dão cavaco?

12.1.18

TRANSPARÊNCIA E MAIS INFORMAÇÃO

                        

                                       

         TRANSPARÊNCIA E INFORMAÇÃO


  
A “Campanha de Apoio Às Vítimas e Regiões Afectadas pelos Incêndios” lançada pela Junta de Freguesia de Malcata, decorreu em Novembro de 2017. Durante o tempo que durou a iniciativa, foram recolhidos nas instalações da junta, bens materiais diversos, doados gratuitamente por instituições e associações e por muitos cidadãos particulares.
   Terminada a campanha, prontamente a Junta de Freguesia publicou nas redes sociais as imagens dos donativos e agradeceu a colaboração de toda a gente e instituições.
   Estamos em Janeiro e nunca mais soube notícias acerca da campanha de solidariedade. Esta falta de informação leva-me a fazer-me algumas interrogações acerca do assunto. Tenho seguido outras campanhas para o mesmo fim e embora a publicação de imagens ou a notícia de que os bens foram entregues por essas entidades, não são a total garantia de que tal tenha acontecido. Contudo, há informação e provas de que tudo foi bem feito até que a ajuda solidária fosse entregue. Só por isso já me merece alguma credibilidade e transparência em todo o processo. Estou em crer que nestas campanhas solidárias, na sua grande maioria, são bem organizadas e quem participa sente que faz bem e foi bem entregue, daí receberem imagens, notícias do que foi e como correu.






“Como correu a Campanha de Apoio às Vítimas e Regiões Afectadas pelos Incêndios?”
   
Esta foi a pergunta que deixei na página da Junta de Freguesia. Não obtive qualquer resposta!
   A bem da transparência de procedimentos e para o êxito de iniciativas futuras de solidariedade, solicito aos promotores desta campanha que divulguem mais informação sobre a forma como terminou esta generosa iniciativa.

                                                        José Nunes Martins
  







11.1.18

SÓ TEMOS UMA VIDA PARA VIVER





 A SEGUNDA OPORTUNIDADE


   Há uma voz que me diz que todos erramos e que me lembra que a melhor maneira de prever o comportamento de algumas pessoas no futuro, é ter presente o comportamento no passado e no presente.
   No início de cada ano novo nasce em nós aquele desejo de voltar a tentar outra vez e não atirar a toalha ao chão à primeira dificuldade, pois o receio de voltar a sofrer ainda está vivo.
   Ter dúvidas é legítimo, mas faz sentido, porque quando alguma coisa corre mal podemos perguntar se faz sentido uma segunda oportunidade.
    Comecemos por pensar nesse desejo de dar e de ter uma segunda oportunidade às nossas relações. Quem não tem sentimentos? Não é porque a pessoa de quem nós gostamos errou ou em alguma ocasião traiu a nossa confiança que vamos logo deixar de gostar dela. Os problemas têm solução e se os deixarmos arrastar acabamos na ruptura e no afastamento. Ao afastarmo-nos, por vezes, ajuda a esquecer os problemas e a raiva diminui.
E damos connosco a questionar a nossa responsabilidade e a assumir alguma culpa e não só atirar a culpa toda para as costas do outro lado.
   A reconciliação é o próximo passo. A divisão e a separação ajuda-nos a compreender os dois lados e ambos devemos fazer uma análise construtiva enquanto dura a separação.
   E começar de novo, começar do zero como se não tivesse acontecido nada, como se não tivesse havido nenhum problema, é muito difícil, mas não impossível. Mas tudo o que originou a separação, o afastamento, precisa de atenção de ambos os lados para que a
reconciliação possa realmente acontecer. Ter vontade em resolver os problemas e mais forte que manter os problemas por resolver. E é legítimo que queiramos evitar as discussões e queiramos aproveitar esta nova oportunidade, este novo tempo, mas o que acontece quando não damos importância às nossas mágoas? Elas surgem com toda a força e tomam conta do nosso corpo. Por isso é difícil dar uma segunda oportunidade porque perdemos a confiança e ainda não esquecemos essa situação. É importante e urgente falar o que há a falar, resolver o que não foi resolvido e acreditar que daqui para a frente é bem melhor que o que aconteceu no passado.
   Vale a pena pensar neste assunto.
  
   

10.1.18

NÃO, NÃO SOU O ÚNICO A FOTOGRAFAR E A PUBLICAR!

                                       
                                         
                                              OLHA, ESTÁS NA INTERNET!


     Quando em 2006 decidi abrir o blog Malcata.net (
www.aldeiademalcata.blogspot.com)
 pensava que podia transformar-se num espaço de informação, partilha e formação, um lugar de encontro, de união e diálogo entre todos os malcatenhos. Era o meu sonho e acreditei nele.
     Ao longo destes anos já aconteceu de tudo e a página Malcata.net continua a realização do sonho inicial. Como administrador deste espaço, continuarei a trabalhar no meu sonho de poder viver no seio de uma comunidade mais respeitadora dos valores da liberdade, do amor, da tolerância, do respeito à diferença de opinião e ao pensamento individual e colectivo.
     Viver em comunidade não é tarefa fácil e quando se trata de uma pequena comunidade onde todos se conhecem uns aos outros, é ainda mais difícil viver sempre num clima de paz e tranquilidade. Mas é normal e saudável à comunidade confrontar-se com dificuldades no caminho.
É normal e desejável a existência de opiniões diferentes mas que temos que respeitar, ouvir, aceitar e tolerar. Diferente disto, é seguirmos todos o mesmo caminho e os mesmos pastores, só porque dessa forma temos a vida facilitada, o caminho é mais cómodo e mais fácil. Nestas coisas de pastores de rebanhos, temos que conhecer quem nos dirige e para onde nos querem levar. É mais fácil fazer parte do rebanho e seguir o caminho que os outros carneiros fazem e caminhar todos na mesma direcção, caminhar e nunca nos interrogarmos para onde estamos a ir e para não sermos chamados de “ovelha negra” nem pensar em fazer perguntas ao pastor. Todos juntos vamos percorrendo o mesmo caminho, mesmo que esse caminho termine num precipício que leva todo o rebanho a um fim trágico e sem retorno. E mesmo assim, morreremos todos juntos e unidos!
   Sou por princípio uma pessoa optimista e são muitas as vezes que dou comigo a pensar na aldeia onde nasci e no potencial que ela tem para as pessoas viverem uma vida boa, tranquila, saudável e desafogada. Tenho dado conta que esse modelo de comunidade não passa ainda de uma das minhas utopias. Às vezes tenho vontade de desistir, principalmente naqueles momentos em que vou à aldeia e me ameaçam dizendo que vão chamar a judiciária, metem-me em tribunal porque lhes disseram que os viram na internet e não me deram ordens para fazer isso. Só para ficarem com uma ideia do incómodo que isto me está a causar, recordo aqui uma sexta-feira de Setembro, ainda não tinham passado duas horas da minha chegada à aldeia e fui abordado duas vezes, em dois locais diferentes e por duas pessoas diferentes com as mesmas palavras e cujo assunto tinha a ver com a publicação de fotografias na internet. Mais recentemente, voltou a suceder a mesma situação com outro cidadão, que numa daquelas tardes em que vulgarmente se diz que a pessoa já não anda sozinho, já bebeu e anda acompanhada. E numa situação destas, pouco há a fazer, resta respeitar quem fala connosco e lamentar a situação, pois desejar esclarecimentos e perdão é incompreensível para alguns.
   O que me entristece é que em Malcata há quem saiba utilizar os seus conhecimentos informáticos, mesmo que básicos, para criar confusão na cabeça de quem pouco ou nada percebe. São gente cheia de preconceitos e olha para uma árvore e diz conhecer toda a floresta. Essas pessoas que se acham mais inteligentes, na verdade não são tão sábias como pensam ser, daí falarem aos outros de coisas absurdas e fora dos seus contextos. Em vez dessas mesmas pessoas contribuírem para esclarecer, informar e elogiar, limitam-se a dar a conhecer e a mostrar um registo fotográfico.
   Como sabem, tenho um hobby que é a fotografia. Soube que pela nossa  aldeia,  tem aparecido gente com máquina fotográfica ao ombro que percorre todas as ruas a tirar fotografias. Passados uns dias, essas mesmas pessoas regressam trazendo consigo as fotografias emolduradas e procuram fazer negócio com os visados. Já mais de uma vez eu disse em Malcata que não ando a fotografar para vender e não vivo da fotografia, muito menos nada tenho contra  aqueles que  trabalhando honestamente, procuram  ganhar uns euritos, honestamente, pois só compra a fotografia da casa ou do cão quem quiser!
    Sou uma pessoa optimista e vou continuar a acreditar no povo, nas instituições e a abrir a porta a quem me procura. Corro o risco de por vezes abrir a porta a pessoas que não desejava receber. É um risco, mas tem solução. Tudo na vida tem solução, até as fotografias na internet. Na nossa vida só a morte não tem remédio e dela ninguém se livra.




8.1.18

BALANÇO DO ANO DE 2017

   O ano de 2017 ficou marcado por vários escândalos e tragédias que deixaram os portugueses inquietos e magoados. O peso de cada caso é diverso, mas todos acabam por sofrer a erosão do tempo, acabando no esquecimento. Também em Malcata durante este ano que passou houve escândalos e acontecimentos que deixaram alguns malcatenhos tristes, magoados e incrédulos. Daí o interesse de se revisitar casos que, passados poucos meses, já estão como que esquecidos pela opinião pública, e lembrar alguns acontecimentos que ainda estão bem presentes na vida da nossa comunidade não devem pura e simplesmente safados da história como se fosse um simples erro de escrita.
  
O ano novo já começou e como é habitual, costumamos fazer o balanço e olhamos para trás para lembrar aquilo que fizemos, aquilo que deixamos de fazer e aquilo de que nos arrependemos de ter feito da forma que foi feito.   
   É bom fazermos essa reflexão porque nos ajuda a definir aquilo que gostaríamos de fazer no ano que agora estamos a começar.
   O fim do ano é um momento propício para pensar no ano que passou. Dar uma pausa e encontrar maneiras de fazer uma reflexão sincera sobre os acontecimentos relevantes do ano, ajuda-nos a fazer um balanço sobre o que valeu ou não a pena, e ampliar a percepção das experiências vividas.
   Uma das maneiras de fazer essa reflexão é pensar nas áreas da vida separadamente, escrever e analisar sobre os campos mais importantes para cada um: familiar, profissional, saúde, espiritual, etc. Dessa forma fica mais fácil identificar os pontos fortes e fracos.
     Seria importante que todas as associações de Malcata se reunissem em conjunto para fazer um balanço das atividades realizadas durante o ano de 2017. E neste ano novo de 2018 lançar o desafio às várias associações existentes para nessa reunião apresentar o seu Plano de Actividades a fim de entre todas as associações elaborar uma Agenda Anual de forma a que as diversas associações consigam ter o maior êxito nas suas actividades e não haver sobreposição de acontecimentos prejudicando o êxito dessas iniciativas. Elaborar uma Agenda Comum é uma maneira de levar os malcatenhos a envolverem-se cada vez mais no associativismo e de contribuírem para que Malcata tenha vida.
   E para que não seja apenas eu a fazer este exercício de reflexão, peço a cada um dos malcatenhos que me ajudem a lembrar o que aconteceu em Malcata, mesmo que não sigamos uma ordem cronológica, talvez referindo o que de mais importante e impactante aconteceu mês a mês. No fim, reunirei todas as participações e será elaborado o Balanço de 2017 em Malcata.
   Aceitam este desafio?
   O tempo está a contar e termina às 00:00 de terça-feira, 9 de Janeiro!
  

 








 


6.1.18

MALCATA: UMA PÉROLA POR LAPIDAR

 


 
   Estamos nos inícios do novo ano e não queria começar a escrever críticas, mas o nosso futuro é tão importante que não posso deixar calar-me nestes primeiros dias de 2018.
   Este ano vou continuar a escrever sobre a nossa aldeia e a expor publicamente aquilo que penso em relação a ela e aos malcatenhos que nela nasceram. Vou continuar a escrever que desejo ajudar a construir uma aldeia onde viver bem e em harmonia com a natureza seja possível. Para tal todos temos que ser capazes de trabalhar para o bem comum e no respeito pelas nossas heranças e tradições, não as desbaratando a qualquer preço. Defender o nosso património, a nossa cultura, os nossos costumes tem que ser o nosso desígnio.
   O futuro será o resultado das nossas acções levadas a cabo no tempo presente. Se queremos ganhar o que devemos fazer é isto: focarmo-nos naquilo que somos capazes de controlar.
   Este é o segredo da nossa vitória e o truque para vencer o jogo.